Arq. neuropsiquiatr; 78 (7), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Background:
The relationship of bidirectional comorbidity between chronic migraine and pain in the cephalic segment led us to evaluate the improvement in reducing the pain in patients diagnosed with chronic migraine headache and awake bruxism, when undergoing treatment with a partial posterior interocclusal device designed for the management and control of awake bruxism through biofeedback. Methods:
Seventy-four patients were evaluated during the following periods: pretreatment, seven, thirty, ninety, one hundred and eighty days, and one year. The evaluation was carried out by measuring the pain in the pretreatment period and pain reduction after awake bruxism treatment, using clinical evaluation and numerical scales for pain. Results:
Most of the patients who complained of headache migraine pain, masticatory myofascial pain, temporomandibular joint and neck pain experienced a significant reduction in overall pain, including headaches, between t0 and t30 (p<0.0001). After 30 days of using the device, it was observed that the improvement remained at the same level without any recurrence of pain up to t90. At t180 and t360, it was observed that even with the device withdrawal (at t90) the improvement remained at the same level. Conclusion:
The utilization of a posterior interocclusal device designed for the management and control of awake bruxism through biofeedback seems to contribute to the reduction of pain (including migraine headache) in the majority of patients, and, even with the device withdrawal (at t90), the improvement remained at the same level, suggesting the patients succeeded in controlling their awake bruxism and consequently the pains.
RESUMO Introdução:
A relação de comorbidade bidirecional entre enxaqueca crônica e dor no segmento cefálico nos levou a avaliar a melhora na redução da dor em pacientes diagnosticados com cefaleia crônica de enxaqueca e bruxismo de vigília, quando submetidos a tratamento com dispositivo interoclusal posterior parcial projetado para o manejo e o controle do bruxismo acordado através de biorretroalimentação (biofeedback). Métodos:
Setenta e quatro pacientes foram avaliados durante os seguintes períodos: pré-tratamento, sete, trinta, noventa e cento e oitenta dias, e um ano. A avaliação foi realizada por meio da avaliação da dor no período pré-tratamento e redução da dor após o tratamento do bruxismo de vigília, através de avaliação clínica e escalas numéricas de dor. Resultados:
A maioria dos pacientes que se queixou de dor de cabeça com enxaqueca, dor miofascial mastigatória, articulação temporomandibular e dor no pescoço sofreu uma redução significativa na dor geral, incluindo dores de cabeça, entre t0 e t30 (p<0,0001). Após 30 dias de uso do dispositivo, observou-se que a melhora permaneceu no mesmo nível, sem recorrência da dor até t90. Em t180 e t360, observou-se que, mesmo com a retirada do dispositivo (em t90), a melhoria permaneceu no mesmo nível. Conclusão:
A utilização de um dispositivo interoclusal posterior projetado para o controle do bruxismo de vigília através de biofeedback parece contribuir para a redução da dor (incluindo enxaqueca) na maioria dos pacientes, e, mesmo com a retirada do dispositivo (t90), a melhora manteve-se no mesmo nível, sugerindo que os pacientes conseguiram controlar o seu bruxismo de vigília e a dor associada a esse hábito.