Can personality traits, obesity, depression, anxiety, and quality of life explain the association between migraine and disordered eating attitudes?
Traços de personalidade, obesidade, depressão, ansiedade e qualidade de vida podem explicar a associação entre migrânea e hábitos alimentares inadequados?

Arq. neuropsiquiatr; 78 (9), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Background:

Few studies have explored the coexistence of migraine and disordered eating attitudes. Furthermore, the underlying pathophysiological mechanisms of migraine and disordered eating attitude comorbidity are not clearly understood.

Objective:

This study aimed to investigate the association between migraine and disordered eating attitudes in relation to personality traits, obesity, quality of life, migraine severity, depression, and anxiety.

Methods:

This study included 91 patients with episodic migraine and 84 healthy control subjects. Self-report questionnaires were used to evaluate anxiety, depression, migraine-related disability, personality traits, quality of life, and eating disorders.

Results:

The Eating Attitude Test (EAT) showed disordered eating attitudes in 21 patients (23.1%) in the migraine group and eight patients (9.5%) in the control group. Migraine-related disability, anxiety, depression, neuroticism, and quality of life scores were significantly worse in migraine patients with disordered eating attitudes compared to migraine patients without disordered eating attitudes. In migraine patients, eating attitude test scores were positively correlated with migraine-related disability, anxiety, depression, and neuroticism scores, and negatively correlated with quality of life scores.

Conclusion:

The association of migraine and disordered eating attitudes was shown to be related to depression, anxiety, quality of life and personality traits and may also indicate a more clinically severe migraine. To the best of our knowledge, there is no literature study that deals with all these relevant data together. However, neuropsychiatry-based biological studies are required to better understand this multifaceted association.

RESUMO Introdução:

Poucos estudos exploraram a coexistência de migrânea e hábitos alimentares inadequados. Além disso, os mecanismos fisiopatológicos subjacentes da migrânea e da comorbidade da atitude alimentar inadequada não são claramente entendidos.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre migrânea e atitudes alimentares inadequadas em relação aos traços de personalidade, obesidade, qualidade de vida, gravidade da migrânea, depressão e ansiedade.

Métodos:

Este estudo incluiu 91 pacientes com migrânea episódica e 84 indivíduos saudáveis. Questionários de autorrelato foram utilizados para avaliar ansiedade, depressão, incapacidade relacionada à enxaqueca, traços de personalidade, qualidade de vida e distúrbios alimentares.

Resultados:

O Teste de Hábito Alimentar (THA) mostrou hábitos alimentares inadequados em 21 pacientes (23,1%) no grupo com migrânea e 8 pacientes (9,5%) no grupo controle. Os índices de incapacidade, ansiedade, depressão, neuroticismo e qualidade de vida relacionados à migrânea foram significativamente piores em pacientes com migrânea com hábitos alimentares inadequados em comparação com pacientes com migrânea sem hábitos alimentares inadequados. Em pacientes com migrânea, os escores dos testes de hábito alimentar foram correlacionados positivamente com os escores de incapacidade, ansiedade, depressão e neuroticismo relacionados à migrânea e negativamente com os escores de qualidade de vida.

Conclusão:

A associação de migrânea e atitudes alimentares inadequadas mostrou-se relacionada à depressão, ansiedade, qualidade de vida e traços de personalidade, podendo também indicar uma migrânea mais clinicamente grave. Até onde sabemos, não há estudo de literatura que lide com todos esses dados relevantes juntos. No entanto, são necessários estudos biológicos baseados em neuropsiquiatria para entender melhor essa associação multifacetada.

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