Disfagia orofaríngea e a frequência de exacerbações em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica com fenótipo exacerbador
Oropharyngeal dysfunction and frequency of exacerbation in Chronic Obstructive Pulmonary Disease patients with exacerbating phenotype
Audiol., Commun. res; 25 (), 2020
Publication year: 2020
RESUMO Objetivo Avaliar se existe associação entre a presença de disfagia orofaríngea e a frequência de exacerbações em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Métodos Estudo transversal, para o qual foram recrutados pacientes com DPOC (Volume expiratório forçado no 1º segundo [VEF1]/Capacidade vital forçada [CVF] <0,7 após uso de broncodilatador), sem exacerbação dos sintomas nas últimas seis semanas, que realizavam acompanhamento ambulatorial e responderam ao questionário de autoavaliação para risco de disfagia. Além disso, foram submetidos à avaliação clínica e videofluoroscópica da deglutição. Resultados Vinte e sete pacientes com diagnóstico de DPOC responderam ao questionário de autoavaliação e realizaram a avaliação clínica da deglutição. Dezoito (66,7%) foram submetidos à avaliação instrumental por meio do exame de videofluoroscopia. A média de idade dos pacientes avaliados foi de 62,7 anos, sendo a maioria mulheres (63%), e mais da metade dos pacientes (70,4%) possuía fenótipo exacerbador. Observou-se associação significativa (p=0,039) entre os pacientes com diagnóstico de disfagia e o número de exacerbações no último ano. Conclusão A presença da disfagia orofaríngea deve ser considerada nos pacientes portadores de DPOC que apresentam o fenótipo exacerbador.
ABSTRACT Purpose To assess whether there is an association between the presence of oropharyngeal dysphagia and the frequency of exacerbations in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Methods This is a cross-sectional study. Patients with COPD (forced expiratory volume in the first second [FEV1] / forced vital capacity [FVC] <0.7 after bronchodilator use) were recruited, with no exacerbation of symptoms in the last six weeks, who underwent outpatient follow-up and answered the questionnaire of self-assessment for risk of dysphagia. In addition, they underwent clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing. Results Twenty-seven patients diagnosed with COPD answered the self-assessment questionnaire and underwent the clinical evaluation of swallowing. Eighteen (66.7%) underwent instrumental evaluation through the videofluoroscopy exam. The mean age was 62.7 years, with the majority of females (63%) and more than half of patients (70.4%) having an exacerbator phenotype. A significant association (p = 0.039) was observed between patients diagnosed with dysphagia and the number of exacerbations in the last year. Conclusion The presence of oropharyngeal dysphagia should be considered in patients with COPD presenting an exacerbator phenotype.