Endoscopic cartilage tympanoplasty: full thickness and partial thickness tragal graft
Timpanoplastia endoscópica com enxerto de cartilagem tragal de espessura parcial ou total

Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 86 (3), 2020
Publication year: 2020

Abstract Introduction:

Cartilage is the grafting material of choice for certain disorders of the middle ear. The indications for its routine use remain controversial due to the possible detrimental effect on post-operative hearing.

Objective:

The present study was carried out to report a personal experience with "tragal cartilage shield" tympanoplasty to compare the results, in terms of graft uptake and hearing improvement, of endoscopic cartilage shield technique using either partial thickness or full thickness tragal cartilage for type 1 tympanoplasty and to highlight the tips for single-handed endoscopic ear surgery.

Methods:

Fifty patients with safe chronic suppurative otitis media, assisted at out-patient department from February 2014 to September 2015 were selected. They were randomly allocated into two groups, 25 patients were included in group A where a full thickness tragal cartilage was used and 25 patients included in group B where a partial thickness tragal cartilage was used. Audiometry was performed 2 months after the surgery in all cases and the patients were followed for one year.

Results:

Out of the total of 50 patients 39 (78%) had a successful graft take up, amongst these 22 belonged to group A and 17 belonged to the group B. The hearing improvement was similar in both groups.

Conclusion:

This study reveals that endoscopic tragal cartilage shield tympanoplasty is a reliable technique; with a high degree of graft take and good hearing results, irrespective of the thickness. Furthermore, the tragal cartilage is easily accessible, adaptable, resistant to resorption and single-handed endoscopic ear surgery is minimally invasive, sutureless and provides a panoramic view of the middle ear.

Resumo Introdução:

A cartilagem é o material de enxerto de escolha no tratamento cirúrgico de certas condições clínicas da orelha média. Devido ao possível efeito prejudicial na audição pós-operatória, as indicações para seu uso rotineiro ainda são controversas.

Objetivo:

Relatar a experiência dos autores com a timpanoplastia tipo 1 endoscópica usando cartilagem tragal e comparar os resultados entre a cartilagem tragal com espessura parcial e espessura total, em termos de integração do enxerto e melhoria da audição. O estudo também buscou apresentar sugestões para cirurgia endoscópica de orelha média com uma única mão (single-handed endoscopic ear surgery).

Método:

Foram selecionados 50 pacientes com otite média crônica supurativa, atendidos neste ambulatório entre fevereiro de 2014 e setembro de 2015, alocados aleatoriamente em dois grupos: 25 pacientes foram incluídos no grupo A, no qual uma cartilagem tragal de espessura total foi usada e outros 25 pacientes foram incluídos no grupo B, no qual foi usada uma cartilagem tragal de espessura parcial. Em todos os casos, uma audiometria foi feita dois meses após a cirurgia; os pacientes foram acompanhados por um ano.

Resultados:

Dos 50 pacientes, o enxerto foi bem-sucedido em 39 (78%), entre os quais 22 pertenciam ao grupo A e 17 pertenciam ao grupo B. A melhoria da audição em ambos os grupos foi muito semelhante.

Conclusão:

O estudo indicou que a timpanoplastia endoscópica com cartilagem tragal é uma técnica confiável, com alto grau de integração do enxerto e bons resultados de audição, independentemente da espessura usada. Além disso, a cartilagem tragal é facilmente acessível, adaptável e resistente à reabsorção; a cirurgia endoscópica é minimamente invasiva, sem sutura e proporciona uma visão panorâmica da orelha média.

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