Insegurança alimentar e nutricional no Brasil e sua correlação com indicadores de vulnerabilidade
Food and nutritional insecurity in Brazil and its correlation with vulnerability markers
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (10), 2020
Publication year: 2020
Resumo O objetivo do estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal da prevalência de IAN nas Unidades de Federação (UF) do Brasil e sua correlação com indicadores de vulnerabilidade. Estudo ecológico, com dados da Pesquisa Nacional Amostra de Domicílios (2004, 2009 e 2013) e do Altas Brasil (2010). Realizou-se análise temporal da distribuição espacial das prevalências de IAN. Na análise espacial bivariada foi utilizado o Índice de Moran. As prevalências de IAN diminuíram nos anos analisados e apresentaram correlação espacial negativa e moderada com o IDH; positiva e moderada com porcentagem de extremamente pobres, mortalidade infantil, índice de vulnerabilidade social, índice de vulnerabilidade social capital humano; positiva e forte com índice de vulnerabilidade social renda e trabalho. Conclui-se que houve diminuição da prevalência de IAN nos anos analisados e que o território brasileiro apresentou dois padrões distintos: territórios com maiores prevalências de IAN e piores condições de renda, trabalho e saúde infantil nas regiões Norte e Nordeste; e territórios com menores prevalências de IAN e menor vulnerabilidade nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Abstract This study aimed to analyze space-time distribution of the prevalence of food and nutritional insecurity (FNI) in the Brazilian Federative Units and their correlation with vulnerability markers. This is an ecological study, with data from the National Household Sample Survey (2004, 2009 and 2013) and Atlas Brazil (2010). A time analysis of the spatial distribution of FNI prevalence was performed. Moran's Index was used in bivariate spatial analysis. The prevalence of FNI have decreased along the years studied and showed a negative and moderate spatial correlation with the Human Development Index; a positive and moderate correlation with the percentage of the extremely poor, child mortality, social vulnerability index, human capital social vulnerability index; and positive and strong correlation with income and work social vulnerability index.