Mortalidade por homicídios em linha de fronteira no Paraná, Brasil
Homicide mortality in border regions in the State of Paraná, Brazil
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (8), 2020
Publication year: 2020
Resumo Estudo de série temporal que objetivou analisar a tendência dos homicídios em residentes da linha de fronteira no estado do Paraná, Brasil, no período de 2002 a 2012. Os óbitos por homicídios foram analisados de acordo com variáveis de idade, sexo, região de residência e meio usado para realizar a agressão. A análise de dados empregada foi a regressão polinomial. Os resultados mostram que as taxas de mortalidade são maiores em linha de fronteira ao longo da série, porém houve maior incremento desses indicadores na região não fronteiriça e no Paraná com tendência crescente (p < 0,001). Os homicídios na linha de fronteira apresentam tendência decrescente, porém não significativa. A mortalidade foi maior entre homens e no grupamento etário de 20 a 29 em todas as regiões investigadas. A magnitude dos homicídios na linha de fronteira é um alerta para sugerir a elaboração de políticas públicas intersetoriais de prevenção voltados para os grupos acometidos.
Abstract A time series analysis was conducted to identify trends in homicide mortality in border regions in the State of Paraná, Brazil between 2002 and 2012. Homicide mortality rates were analyzed by sex, age group, region (border regions, non-border regions, and the state as a whole), and type of assault. Trend analysis was performed using polynomial regression. The findings showed that mortality rates were higher in the border regions; however the growth in homicide rates was greater in the non-border regions and in the state as a whole, with these states showing an upward trend in homicide rates (p < 0.001) and border regions showing a downward trend, although the latter was not significant. Mortality rates were higher among men across all regions and highest in the 20 to 29 age group. The findings regarding homicide rates in border regions provide compelling evidence of the urgent need for intersectoral prevention policies targeting the most affected groups.