Esquemas iniciais desadaptativos como mediadores entre os maus tratos na infância e a violência no namoro na adolescência
Early maladaptive schemas as mediators between child maltreatment and dating violence in adolescence

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (8), 2020
Publication year: 2020

Resumo Este estudo investigou a associação entre a exposição aos maus tratos na infância e a perpetração de violência física nas relações afetivo-sexuais de adolescentes (n = 397; 14-19 anos). Um modelo de mediação foi conduzido para determinar se tais relações podem ser mediadas por Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs), a partir da abordagem teórica da Terapia dos Esquemas. Além disso, buscou-se verificar se o modelo é invariante para adolescentes do sexo feminino e masculino. Os resultados indicaram que adolescentes perpetradores de violência no namoro, com histórico de maus tratos na infância, tiveram escores significativamente mais altos na perpetração de violência íntima, do que adolescentes sem histórico de maus tratos. Os EIDs do domínio de Desconexão e Rejeição foram considerados mediadores entre a exposição aos maus tratos e a violência no namoro na adolescência, sendo que este modelo se mostrou mais adequado ao sexo feminino. Implicações clínicas destes achados foram discutidas.
Abstract This study investigated the association between exposure to child maltreatment and dating physical violence in the affective-sexual relationship among adolescents (n =397, 14-19 years). A mediation model was conducted to determine whether these associations can be mediated by early maladaptive schemas (EMS), from the Schema Therapy's theoretical approach. Also, it sought to verify the invariant model by gender. The results showed that teen dating violence perpetrators with a history of child maltreatment had significantly higher scores in the perpetration of intimate violence than adolescents with no history of maltreatment. Disconnection and rejection realm schemas were mediators between exposure to child maltreatment and dating physical violence in adolescence, and this model was adequate to females. The clinical implications of these findings were also discussed.

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