Vacinas Anticovid: um Olhar da Saúde Coletiva
Anti-Covid vaccines: a look from the Collective Health

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (9), 2020
Publication year: 2020

Resumo O artigo discute a complexidade da pandemia destacando as várias dimensões, intrínsecas e extrínsecas envolvidas no desenvolvimento das vacinas contra o SARS-CoV-2, com ênfase nos dois produtos mais avançados no campo dos testes clínicos. São eles, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford associada à farmacêutica britânica AstraZeneca e a desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac. Essa escolha deriva também do fato das duas estarem com atividades de testagem e, caso bem-sucedidas, com futura produção no Brasil, respectivamente pelo Bio-Manguinhos, na Fiocruz, e pelo Instituto Butantã, em São Paulo. Do ponto de vista conceitual, o artigo parte da reflexão oriunda do campo da Saúde Coletiva que trata das fronteiras entre o biológico e o social. Procura ainda demonstrar que, caso sejam bem sucedidas, as vacinas, muito embora importantes ferramentas para o enfrentamento da pandemia, não dispensarão a continuidade de outras medidas não farmacológicas já utilizadas.
Abstract The paper discusses the complex nature of the pandemic by highlighting the various intrinsic and extrinsic dimensions in the development of SARS-CoV-2 vaccines, with an emphasis on the two most advanced products in clinical testing, namely, the vaccine developed by the University of Oxford associated with the British pharmaceutical company AstraZeneca, and the one developed by Chinese company Sinovac. This choice also stems from the fact that both have testing activities, which, if successful, will lead to future production in Brazil, by Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rio de Janeiro, and the Butantã Institute, in São Paulo, respectively. From a conceptual viewpoint, this paper builds on the reflection from the field of Collective Health that addresses the boundaries between the biological and the social spheres. It also seeks to show that, if successful and while important tools for coping with the pandemic, vaccines will not dispense with the continuity of other non-pharmacological measures already used.

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