Cognitive performance in patients with Myasthenia Gravis: an association with glucocorticosteroid use and depression
Desempenho cognitivo em pacientes com Miastenia Gravis: uma associação com o uso de glucocorticoides e depressão

Dement. neuropsychol; 14 (3), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT. We investigated the cognitive performance of patients with Myasthenia Gravis (MG) through a cross-sectional study. A battery of cognitive assessments and self-report questionnaires regarding quality of life (QoL), sleep, and depression were applied. The sample consisted of 39 patients diagnosed with MG. The scores showed a predominance of cognitive impairment in the Montreal Cognitive Assessment screening test (MoCA) (66.7%) and in the immediate (59.0%) and recent memory (56.4%) tests. However, after the Poisson regression analysis with robust variance, it was found that patients diagnosed with depression had a prevalence ratio (PR) of 1,887 (CI 1,166‒3,054) for lower MoCA scores, PR=9,533 (CI 1,600‒56,788) for poorer phonemic verbal fluency scores, and PR=12,426 (CI 2,177‒70,931) for the Semantic Verbal Fluency test. Moreover, concerning a decline in short-term memory retention, patients using glucocorticosteroids (GC) and with Beck Depression Inventory scores indicating depression showed PR=11,227 (CI 1,736‒72,604) and PR=0.35 (CI 0.13‒0.904), respectively. No correlation was found between the QoL questionnaire and performance in cognitive tests. We found worse performance in tasks of memory and executive functions in MG patients. These are not associated with the length and severity of the disease. However, a significant prevalence ratio was found for poorer memory performance in patients diagnosed with depression and in those using GC.
RESUMO. Investigamos o desempenho cognitivo de pacientes com miastenia gravis (MG) por meio de um estudo transversal. Aplicou-se uma bateria de avaliações cognitivas e questionários de autopercepção sobre qualidade de vida (QV), sono e depressão. A amostra foi composta por 39 pacientes com diagnóstico de MG. Os escores mostraram predominância de comprometimento cognitivo no teste de rastreio Montreal Cognitive Assessment (MoCA) (66,7%) e nas tarefas de memória imediata (59,0%) e recente (56,4%). Entretanto, após a análise de regressão de Poisson com variância robusta, verificou-se que os pacientes diagnosticados com depressão apresentaram uma razão de prevalência (RP)=1.887 (IC 1.166‒3.054) para escores mais baixos no MoCA, RP=9.533 (IC 1.600‒56.788) nos testes de fluência verbal fonêmica e RP=12.426 (IC 2.177‒70.931) no teste de fluência verbal semântica. Além disso, uma associação entre pior desempenho nas tarefas de memória de retenção de curto prazo nos pacientes em uso de glucocorticoides (GC) e com os escores do Beck Depression Inventory indicando depressão, com RP=11.227 (IC 1.736‒72.604) e RP=0.35 (IC 0.13‒0.904), respectivamente. Não foi encontrada correlação entre o questionário de QV e o desempenho em testes cognitivos. Sendo assim, conclui-se que foi observado pior desempenho em tarefas de memória e funções executivas em pacientes com MG. Estes não estão associados ao tempo e à gravidade da doença. No entanto, uma taxa de prevalência significativa foi encontrada para pior desempenho da memória em pacientes diagnosticados com depressão e naqueles em uso de glucocorticoides.

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