J. Hum. Growth Dev. (Impr.); 30 (3), 2020
Publication year: 2020
INTRODUCTION:
Body image refers to the figuration of the body in the mind, has a strong experiential component, and is permeated by subjective aspectsOBJECTIVE: To analyze the subjective aspects of body image in women with fibromyalgiaMETHODS: This was an observational cross-sectional study. Participants were 16 women with a confirmed diagnosis for at least six months. The instrument used was the Human Figure Drawing (HFD), a projective technique for the exclusive use of psychologists, following the procedures established in the specialized literature. The examination of the material was carried out independently by two expert evaluators, who used meaning attribution criteria established in classic publications in psychological evaluationRESULTS: The following indicators in the participants' drawings were highlighted: medium thickness and continuous line, small size, location in the fourth quadrant, presence of reinforcements and representations of joints, figures with static body posture, and simplified facial features. These indicators were interpreted as signs suggestive of passivity, insecurity, inhibition, feeling of inferiority, conflicts regarding difficulties in contact, propensity to take refuge in fantasy, idealization, regression, and attempts at omnipotent control, psychic rigidity, and devitalization. Therefore, the body image of the participants seemed to be determined by mental representations that include the body, but are not restricted to their biological dimensions or the physical limitations resulting from the symptomatic manifestations of fibromyalgiaCONCLUSION: The participants' body image had an inherently negative value since it was subjectively shaped by internalized and unconscious unfavorable concepts about themselves
INTRODUÇÃO:
A imagem corporal se refere à figuração do corpo na mente, possui uma forte vertente experiencial e é perpassada por aspectos subjetivosOBJETIVO: Analisar aspectos subjetivos da imagem corporal em mulheres com fibromialgiaMÉTODO: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal. Participaram 16 mulheres com diagnóstico confirmado havia, no mínimo, seis meses. O instrumento empregado foi o Desenho da Figura Humana (DFH), técnica projetiva de uso exclusivo de psicólogos, seguindo os procedimentos estabelecidos na literatura especializada. O exame do material foi realizado de maneira independente por dois avaliadores especialistas, que utilizaram critérios de atribuição de significados estabelecidos em publicações clássicas da área de avaliação psicológicaRESULTADOS: Destacou-se a ocorrência dos seguintes indicadores nos desenhos das participantes: traço médio e contínuo, tamanho pequeno, localização no quarto quadrante, presença de reforços e representações de articulações, figuras com postura corporal estática e traços faciais simplificados. Esses indicadores foram interpretados como sinais sugestivos de passividade, insegurança, inibição, sentimento de inferioridade, conflitos relativos a dificuldades de contato, propensão ao refúgio na fantasia, à idealização, à regressão e a tentativas de controle onipotente, rigidez psíquica e desvitalização. Portanto, a imagem corporal das participantes parece ser determinada por representações mentais que incluem o corpo, mas não se restringem às suas dimensões biológicas ou às limitações físicas decorrentes das manifestações sintomáticas da fibromialgiaCONCLUSÃO: A imagem corporal das participantes apresenta uma valência essencialmente negativa, uma vez que é moldada subjetivamente por concepções internalizadas e inconscientes pouco favoráveis sobre si mesmas