J. bras. nefrol; 42 (2), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Introduction:
The antiphospholipid syndrome is a systemic autoimmune disease defined by recurrent vascular and/or obstetrical morbidity that occurs in patients with persistent antiphospholipid antibodies. Case presentation:
A patient on hemodialysis with a primary antiphospholipid syndrome presented with recurrent vascular access thrombosis, obstetrical complications, and positive lupus anticoagulant. The patient had multiple arteriovenous fistulas that failed due to thrombosis. The obstetrical morbidity was defined by one miscarriage at the 7th week of gestation and a pregnancy complicated by pre-eclampsia with preterm delivery at the 28th week of gestation. A thorough thrombophilia screening confirmed the presence of antiphospholipid antibody. Lupus anticoagulant was present in plasma, measured on two occasions 12 weeks apart. Conclusion:
Thrombophilias are inherited or acquired predispositions to vascular thrombosis and have been associated with thrombosis of the arteriovenous fistula. Patients on hemodialysis with recurrent vascular access thrombosis and presence of thrombophilia should be evaluated about the need for anticoagulant therapy with a vitamin K antagonist.
RESUMO Introdução:
A síndrome antifosfolipídica é uma doença autoimune sistêmica definida por morbidade vascular e/ou obstétrica, recorrente, que acomete pacientes com anticorpos antifosfolípides persistentes. Apresentação do caso:
Uma paciente em hemodiálise com síndrome antifosfolípide primária apresentou trombose recorrente do acesso vascular, complicações obstétricas e anticoagulante lúpico positivo. A paciente apresentava múltiplas fístulas arteriovenosas que falharam devido à trombose. A morbidade obstétrica foi definida por um aborto espontâneo na 7ª semana de gestação e uma gravidez complicada por pré-eclâmpsia com parto prematuro na 28ª semana de gestação. Um rastreamento completo de trombofilia confirmou a presença de anticorpo antifosfolípide. O anticoagulante lúpico estava presente no plasma, medido em duas ocasiões, com 12 semanas de intervalo. Conclusão:
As trombofilias são predisposições hereditárias ou adquiridas para trombose vascular e têm sido associadas à trombose da fístula arteriovenosa. Pacientes em hemodiálise com trombose recorrente de acesso vascular e presença de trombofilia devem ser avaliados quanto à necessidade de terapia anticoagulante com um antagonista da vitamina K.