Cerebellar infarction after sneezing
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 66 (10), 2020
Publication year: 2020
SUMMARY Vertebral Artery Dissection (VAD) is a rare condition that can be caused by a wide amplitude of neck movement, which injures the vessel wall and can cause ischemia in the cerebellum. We present a 37-year-old man with herniated lumbar disc and allergic rhinosinusitis, which caused sneezing spells. After one of these bouts with a ricochet of the head, he presented C3 misalignment with local pain. Twenty-one days later, affected by a new crisis, he presented left temporal headache, nystagmus, and vertigo. After 3 days, Magnetic Resonance Imaging (MRI) identified 2 regions of cerebellar ischemia and filling failure of the right vertebral artery. After 2 days, Computed Angiotomography (CT Angiography) was performed and showed right VAD with a local thrombus, without aneurysmal signs. Transcranial Doppler did not indicate an increase in blood flow from this artery. The suggested treatment involved administration of anticoagulant Apixabana 5mg, 12/12h, for 3 months, until the condition was reevaluated with new Angio CT and MRI. It was recommended that the patient was released from work for 1 month and forbidden from doing intense physical exercises for 3 months; however, due to setbacks, these deadlines were extended until a new appointment, 4 months after the first visit. The new tests showed no changes, indicating that the condition was stable. This case aims to indicate the possible investigations of the diagnosis and therapeutic options of the rare association between VAD with cerebellar infarction in a well-documented case.
RESUMO A Dissecção da Artéria Vertebral (DAV) é quadro raro que pode ser causado por movimentação de grande amplitude do pescoço, que lesiona a parede desse vaso, podendo provocar isquemia no cerebelo. Apresentamos um homem de 37 anos, com hérnia de disco e rinossinusite alérgica que lhe causava crises de espirros em salva (CE). Após uma dessas crises com ricocheteamento da cabeça, apresentou desalinhamento de C3 com dor local. Vinte e um dias depois, acometido por nova crise, apresentou cefaleia temporal esquerda, nistagmo e vertigem. Decorridos 3 dias, o paciente foi submetido a Ressoânncia Magnética (RM), que identificou 2 regiões de isquemia cerebelar e enchimento comprometido da artéria vertebral direita. Após 2 dias, foram feitos Angiotomografia Computadorizada (Angio TC), que constatou DAV direita com trombo local, sem sinais aneurismáticos, e Doppler Transcraniano, que não indicou aumento do fluxo sanguíneo dessa artéria. O tratamento sugerido envolvia administração de anticoagulante Apixabana 5mg, 12/12h, por 3 meses, até que o quadro fosse reavaliado com novas Angio TC e RM. Foi recomendado que o paciente ficasse afastado do trabalho por 1 mês e de exercícios físicos intensos por 3 meses, porém devido a contratempos, esses prazos foram prorrogados até nova consulta, 4 meses após a primeira. Os novos exames não apresentaram alterações, indicando que o quadro estava estável. Esse caso tem como objetivo indicar as possíveis investigações do diagnóstico e opções terapêuticas da rara associação entre DAV com infarto cerebelar em caso bem documentado.