Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 66 (9), 2020
Publication year: 2020
SUMMARY OBJECTIVES:
To evaluate the treatment of wheezing and exacerbation of asthma in a pediatric emergency unit (ED), comparing it to that recommended by the guidelines for this purpose. METHODS:
Descriptive cross-sectional study through medical records survey of children and adolescents (0-15 years of age) who received medication for wheezing or asthma exacerbation from January to April 2015 in the ED. The selected treatment was compared to that recommended by the guidelines, being analyzed the variables related to the medication (number and dose of short-acting β2 agonist, associated or not with anticholinergic, oral or parenteral corticosteroid) and the length of stay in ED (≤1 h, ≥8 h and hospital admission). RESULTS:
One-thousand eleven patients were selected with 56.7% between 3 and 15 years and 56% male. Although the selected drugs were in accordance with what was recommended, errors were observed in relation to dose, drug of choice, and method and time of use with the most frequent finding being incorrect dose (short-acting β2 agonist: 66% and ipratropium bromide: 95.2%). CONCLUSION:
The level of use of the measures recommended by the guidelines was low but compatible with other studies, leading to an increased risk of treatment failure and higher costs. Despite wide dissemination, the established concepts have not been sufficiently incorporated into clinical practice, suggesting the need for more effective educational actions for this process to occur.
RESUMO OBJETIVOS:
Avaliar o tratamento da sibilância e da exacerbação da asma em unidade de emergência pediátrica (DE), comparando-o ao recomendado pelas diretrizes para esse fim. MÉTODOS:
Estudo descritivo transversal, por meio do levantamento de prontuários de crianças e adolescentes (0 - 15 anos de idade) que receberam medicação para sibilância ou exacerbação da asma, no período de janeiro a abril de 2015, em DE. O tratamento empregado foi comparado ao preconizado pelas diretrizes sendo analisadas as variáveis referentes à medicação (número e dose de β2 agonista de curta ação, associado ou não a anticolinérgico, corticosteroide oral ou parenteral) e ao tempo de permanência na DE (≤1 h, ≥8 h e internação hospitalar). RESULTADOS:
Foram selecionados 1011 pacientes, 56,7% com idades entre 3 e 15 anos e 56 % do sexo masculino. Embora os fármacos utilizados estivessem de acordo com o preconizado, foram observados erros com relação a dose, droga de escolha, forma de utilização, tempo de uso, sendo dose incorreta o achado mais frequente (β2 agonista de curta ação: 66% e brometo de ipratrópio: 95,2%). CONCLUSÃO:
O nível de utilização das medidas recomendadas pelas diretrizes foi baixo e compatível com outros estudos, levando a risco aumentado de falha no tratamento e maior custo. Apesar da ampla divulgação, os conceitos estabelecidos não são suficientemente incorporados à prática clínica, sugerindo a necessidade de ações educativas mais efetivas para que isso ocorra.