Rev. Assoc. Med. Bras. (1992); 66 (9), 2020
Publication year: 2020
SUMMARY OBJECTIVE:
Social distancing during the COVID-19 pandemic has been associated with a decrease in the search for medical care. High-risk patients have avoided hospital environments fearing infection. We hypothesize that there was also a decrease in the search for medical care related to gastrointestinal emergencies. The aim of this study is to evaluate the frequency of consultations for severe gastrointestinal emergencies during and before the months of the pandemic. METHODS:
This was a transversal study. The inclusion criteria were cases of consultation in the emergency department for gastrointestinal diseases that required hospitalization, from January to April, from 2015 to 2020. The pediatric population (under age 12) was excluded. RESULTS:
A total of 2,457 cases of cases was included. The number of emergency hospitalizations for gastrointestinal cases decreased during the first four months of 2020:
108, 112, 82, and 77, respectively. Comparing April of 2020 with previous years, there was a lower than expected number of cases during the social distancing period (P=0.002). CONCLUSION:
This study reports a pronounced decrease in consultations for severe gastrointestinal emergencies during the pandemic. Governments and society should be aware that health crises do not halt the natural occurrence of noninfectious diseases; otherwise, an increase in mortality from these morbidities may arise.
RESUMO OBJETIVO:
O distanciamento social durante a pandemia por COVID-19 tem sido associado a uma redução na busca por atendimento médico. Pacientes de alto risco têm evitado ambiente hospitalar com receio de infectar-se. Nossa hipótese é de que houve também uma redução no atendimento médico a emergências gastrointestinais. O objetivo deste estudo é avaliar a frequência de consultas por emergências gastrointestinais graves durante e antes da pandemia. MÉTODOS:
Estudo transversal. O critério de inclusão foram casos de consulta em emergência por patologia gastrointestinal que tenham requerido hospitalização, de janeiro a abril dos anos 2015 a 2020. A população pediátrica foi excluída. RESULTADOS:
Um total de 2.457 casos foi incluído. O número de hospitalizações via emergência durante os primeiros quatro meses de 2020 foi:
108, 112, 82 e 77, respectivamente. Comparando abril de 2020 com anos anteriores, houve um número de atendimentos abaixo do esperado (p=0,002). CONCLUSÃO:
Este estudo relata uma redução pronunciada em atendimentos por emergências gastrointestinais graves na pandemia. Governos e sociedade devem estar cientes de que tais crises de saúde não interrompem a ocorrência natural de doenças não infecciosas, do contrário poderá ocorrer um aumento na mortalidade por outras morbidades.