Violence against women before and during gestation: differences in prevalence rates and perpetrators
Violência contra mulheres antes e durante o período gestacional: diferenças em taxas e perpetradores

Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 20 (2), 2020
Publication year: 2020

Abstract Objectives:

to analyze differences in prevalence and perpetrators of violence against women before and during pregnancy.

Methods:

this is a cross-sectional study with a sample of 1,446 pregnant women interviewed in 2010 and 2011 in the São Luís municipality (Brazil). Thirteen questions measured psychological, physical and sexual violence in the 12 months before and during pregnancy. Psychological/physical/sexual violence was defined as any type of violence perpetrated against the interviewees. The perpetrators were categorized into intimate partner, other family members, community members, and multiple perpetrators. Differences between violence before and during pregnancy were analyzed by the chi-square test.

Results:

psychological/physical/sexual and psychological violence were more prevalent during pregnancy than before gestation (p<0.001). Insults, humiliation and intimidation (p<0.05) were more frequently reported during pregnancy. An intimate partner was the most frequent perpetrator. There were no differences in the percentage of moderate and severe forms of physical violence and sexual violence, recurrence of aggressions and perpetrators in both periods (p>0.05).

Conclusions:

gestation did not protect users of prenatal services in São Luís municipality from psychological, physical and sexual violence. Psychological/physical/sexual and psychological violence were more commonly practiced during pregnancy. The perpetrators of violence in the year before gestation continued to abuse the interviewees during pregnancy

Resumo Objetivos:

analisar diferenças na prevalência e perpetradores da violência contra mulheres antes e durante a gravidez.

Métodos:

trata-se de um estudo transversal com amostra de 1446 gestantes entrevistadas em 2010 e 2011 no município de São Luís (Brasil). Treze perguntas mediram violência psicológica, física e sexual nos 12 meses anteriores e durante a gestação. Violência psicológica/física/sexual foi definida como qualquer tipo de violência praticada contra as entrevistadas. Os perpetradores foram categorizados em parceiro íntimo, outros membros da família, membros da comunidade e vários autores. Diferenças entre violência antes e durante a gravidez foram analisadas pelo teste do qui-quadrado.

Resultados:

violência psicológica/física/sexual e violência psicológica foram mais prevalentes durante a gravidez do que antes da gestação (p<0,001). Insultos, humilhação e intimidação (p<0,05) foram mais relatados durante a gravidez. Um parceiro íntimo foi o agressor mais frequente. Não houve diferenças nos percentual de formas moderadas e graves de violência física e sexual, recorrência de agressões e agressores nos dois períodos (p>0,05).

Conclusões:

a gestação não protegeu usuárias de serviços de pré-natal no município de São Luís da violência psicológica, física e sexual. Violência psicológica/física/sexual e violência psicológica foram mais comumente praticadas durante a gestação. Os autores de violência no ano anterior à gestação continuaram abusando das entrevistadas durante a gravidez.

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