Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 20 (2), 2020
Publication year: 2020
Abstract Objectives:
to analyze the epidemiological profile and the spatial-temporal dynamics on maternal mortality in Alagoas and its relationship with social vulnerability and income inequality. Methods:
a mixed ecological study involving maternal deaths who resided in Alagoas from 1996 to 2016. Sociodemographic variables (age, race/color, education, marital status), clinical (type of obstetric cause, death by category and ICD group) were analyzed, besides the indicators (Maternal Mortality Ratio-MMR, Social Vulnerability Index and Gini Index). For the temporal analysis, we used the inflection point regression model and for the spatial analysis, the local empirical Bayesian model, Moran Global and Local statistics, and the bivariate local spatial autocorrelation analysis. Results:
a total of 586 deaths (47.63/100 thousand live births) were registered, with a trend of MMR growth (APC 2.8%), with a heterogeneous distribution between health regions and cities. The profile was characterized by the predominance of young, black / mixed skin color women with low schooling. Eight cities were considered priority. There was spatial correlation with the Social Vulnerability Index and income inequality. Conclusions:
identifying priority areas may contribute to planning and targeting interventions.
Resumo Objetivos:
analisar o perfil epidemiológico e a dinâmica espaço-temporal da mortalidade materna em Alagoas e sua relação com a vulnerabilidade social e a desigualdade de renda. Métodos:
estudo ecológico misto envolvendo os óbitos maternos de residentes em Alagoas de 1996 a 2016. Foram analisadas variáveis sociodemográficas (faixa etária, raça/cor, escolaridade, estado civil), clínicas (tipo de causa obstétrica, óbito por categoria e grupo de CID), além de indicadores (Razão de Mortalidade Materna-RMM, Índice de Vulnerabilidade Social e Índice de Gini). Para a análise temporal utilizou-se o modelo de regressão por pontos de inflexão e para a análise espacial o modelo bayesiano empírico local, a estatística de Moran Global e Local e a análise de autocorrelação espacial local bivariável. Resultados:
foram registrados 586 óbitos (47,63/100 mil nascidos vivos), com tendência de crescimento da RMM (APC 2,8%), com distribuição heterogênea entre as regiões de saúde e municípios. O perfil foi caracterizado pelo predomínio de mulheres jovens, pretas/pardas e de baixa escolaridade. Oito municípios foram considerados prioritários. Houve correlação espacial com o Índice de Vulnerabilidade Social e de desigualdade de renda. Conclusões:
a identificação de áreas prioritárias pode contribuir para o planejamento e direcionamento de intervenções.