Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online); 39 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
To describe the prevalence of underweight and exclusive breastfeeding (EBF) in children aged zero to six months followed by Primary Care in Brazil in 2017, identifying their spatial distribution. Methods:
This was an observational, descriptive and ecological study based on data analysis of the Food and Nutrition Surveillance System. The distribution of records obtained was compared to the population estimates of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). In order to evaluate the EBF, Primary Health Care teams used food ingestion from the previous day. As for underweight, we used: Length-for-age (L/A), Weight-for-age (W/A) and BMI-for-age (BMI/A), according to World Health Organization (WHO) references. Confidence Intervals were calculated 95% (95%CI) for prevalences obtained, being plotted on maps by Federation Unit. Results:
Data were obtained from 88.7 and 32.2% of Brazilian municipalities regarding anthropometry and food consumption, corresponding to 167,393 and 66,136 children, respectively. Compared to population distribution, the number of records was underestimated in the North and Northeast for anthropometry/consumption, with distinct proportions in the South for anthropometry and Southeast for consumption. The prevalences found were:
EBF - 56.6% (95%CI 56.2-56.9); under L/A - 10.6% (95%CI 10.5-10.8); under W/A - 9.0% (95%CI 8.9-9.1); and under BMI/A - 5.8% (95%CI 5.7-6.0). Conclusions:
The estimate of EBF in Brazil was similar to previous studies, but food consumption data still have low coverage, compromising the estimate in some locations. Regarding anthropometry, high rates of low L/A, W/A and BMI/A stood out in some states, considerably above the previous national estimate.
RESUMO Objetivo:
Descrever as prevalências de baixo peso e aleitamento materno exclusivo (AME) em crianças de zero a seis meses acompanhadas na Atenção Básica no Brasil em 2017, identificando sua distribuição espacial. Métodos:
Tratou-se de um estudo observacional, descritivo e ecológico a partir da análise de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. A distribuição de registros obtidos foi comparada às estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para avaliação do AME, equipes da Atenção Básica utilizaram marcadores de consumo alimentar do dia anterior. Quanto ao baixo peso, usou-se: estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e índice de massa corpórea (IMC)/idade (IMC/I), conforme referências da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram calculados os intervalos de confiança de 95% (IC95%) para prevalências obtidas, sendo plotadas em mapas, por Unidade da Federação (UF). Resultados:
Obteve-se dados de 88,7 e 32,2% dos municípios brasileiros em relação à antropometria e ao consumo alimentar, correspondendo a 167.393 e 66.136 crianças, respectivamente. Em comparação à distribuição populacional, o número de registros esteve subestimado nas regiões Norte e Nordeste para antropometria/consumo e com proporções distintas na região Sul para antropometria e na região Sudeste para consumo. As prevalências encontradas foram:
AME - 56,6% (IC95% 56,2-56,9); baixa E/I - 10,6% (IC95% 10,5-10,8); baixo P/I - 9,0% (IC95% 8,9-9,1); e baixo IMC/I - 5,8% (IC95% 5,7-6,0). Conclusões:
A estimativa de AME no Brasil aproximou-se de estudos anteriores, mas dados de consumo alimentar ainda possuem baixa cobertura, comprometendo a estimativa em algumas localidades. Referente à antropometria, destacaram-se elevadas taxas de baixos E/I, P/I e IMC/I em alguns Estados, consideravelmente acima da estimativa nacional anterior.