Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online); 39 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
To evaluate and to correlate levels of physical activity with the pulmonary function of children with and without a diagnosis of asthma. Methods:
This study was conducted in two phases with schoolchildren aged between eight and 16 years old in Porto Alegre/RS. In the first phase (cross sectional), the sample was classified as asthmatic if a physician had ever diagnosed them with asthma and if they reported symptoms and treatment for the disease in the past 12 months. In the second phase (control-case), the following were measured: anthropometry, physical activity levels, time spent in front of screens, and lung function (spirometry). Data are presented in mean and standard deviation or median and interquartile interval and by absolute and relative values. Chi-square, Student's t-test or Mann-Whitney test and Spearman correlation were applied, with p<0.05 being significant. Results:
605 students participated in the study, 290 children with a clinical diagnosis of asthma and 315 classified as a control. 280 (47.3%) were male children, with an average age of 11.0±2.3 years old. The spirometric values showed differences in the classifications of airway obstruction levels between the asthma and control groups (p=0.005), as well as in the response to bronchodilator use for FEV1/FVC (p=0.023). In the correlation assessment, there was no correlation between physical activity with anthropometric values, nor with pulmonary function, pre-and post-bronchodilator. Conclusions:
The study demonstrates that there is no relationship between either anthropometric values or physical activity levels with pulmonary function of asthmatic children.
RESUMO Objetivo:
Avaliar e correlacionar os níveis de atividade física com a função pulmonar de crianças com e sem diagnóstico de asma. Métodos:
Estudo realizado em duas fases, em escolares de oito a 16 anos de Porto Alegre (RS). Na fase I (transversal), classificaram-se como asmáticos os escolares com diagnóstico positivo de um médico alguma vez na vida, com crises e tratamento para a doença nos últimos 12 meses. Na fase II (caso controle), foram avaliados: antropometria, níveis de atividade física e tempo gasto em frente às telas e função pulmonar (espirometria). Os dados são apresentados por média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil e por valores absolutos e relativos, sendo aplicados os testes χ2, t de Student ou de Mann-Whitney e correlação de Spearman, com valor de significância p<0,05. Resultados:
Participaram do estudo 605 escolares, 290 crianças com diagnóstico clínico de asma e 315 classificadas como controle. Do total, 280 (47,3%) crianças eram do sexo masculino, com média de idade de 11,0±2,3 anos. Os valores espirométricos demonstraram diferenças nas classificações dos níveis de obstrução das vias aéreas entre grupos asma e controle (p=0,005), além da resposta ao uso de broncodilatador, para o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1)/capacidade vital forçada (CVF) (p=0,023). Não houve correlação entre a prática de atividades físicas e valores antropométricos, tampouco entre a função pulmonar e o pré e pós-uso de broncodilatador. Conclusões:
O estudo demonstrou não existir relação entre valores antropométricos e níveis de atividade física com a função pulmonar de crianças asmáticas em idade escolar.