Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online); 39 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
To verify if there are differences among the complementary feeding indicators of children aged 6-23 months according to the breastfeeding status. Methods:
A cross-sectional study was carried out with 1,355 children aged 6-23 months in 2012 to evaluate five indicators proposed by the World Health Organization (WHO) and modified in accordance with Brazilian's recommendations "Ten steps to a healthy feeding: a feeding guide for children under two years old". The indicators used were:
I. Introduction of solid, semi-solid or soft foods; II. Minimum dietary diversity; III. Minimum meal frequency; IV. Minimum acceptable diet, and V. Consumption of iron-rich foods. To verify differences between the complementary feeding indicators according to breastfeeding status, the F-statistic was used, with p≤0.05 meaning significant. Results:
Indicators I, II, and V were similar among breastfed and non-breastfed children; however, indicators III and IV presented a higher proportion of adequacy for non-breastfed children, with 94.9% (CI95% 93.2-96.2) versus 40.3% (CI95% 33.2-47.9) for indicator III, and 57.3% (CI95% 53.2-61.2) versus 23.1% (CI95% 17.4-30.1) for indicator IV. Conclusions:
Non-breastfed children have better complementary feeding status, but the indicator III takes into account non-breast milk as a meal for non-breastfed children, which increased the number of dairy meals and influenced indicator IV (calculated from indicators II and III).
RESUMO Objetivo:
Verificar se existem diferenças entre os indicadores de alimentação complementar de crianças de 6 a 23 meses segundo o estado de amamentação. Métodos:
Estudo transversal realizado em 2012 com 1.355 crianças de 6 a 23 meses de idade com avaliação de cinco indicadores propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e modificados com base nas recomendações dos Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos, do Ministério da Saúde. Os indicadores utilizados foram:
I. Introdução de alimentos sólidos, semissólidos ou pastosos; II. Diversidade mínima da dieta; III. Frequência mínima das refeições; IV. Dieta mínima aceitável; e V. Consumo de alimentos ricos em ferro. Para verificar diferenças entre os indicadores de alimentação complementar segundo o estado de amamentação foi empregada a estatística F, sendo significante p≤0,05. Resultados:
Os indicadores I, II e V foram semelhantes entre as crianças amamentadas e não amamentadas, porém os indicadores III e IV apresentaram maior proporção de adequação para as não amamentadas: para o indicador III, 94,9% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 93,2-96,2) versus 40,3% (IC95% 33,2-47,9), e para o indicador IV, 57,3% (IC95% 53,2-61,2) versus 23,1% (IC95% 17,4-30,1). Conclusões:
As crianças não amamentadas apresentaram melhor situação de alimentação complementar, porém o indicador III leva em consideração o leite não materno como refeição para crianças não amamentadas, o que elevou o número de refeições lácteas e influenciou o indicador IV, calculado a partir dos indicadores II e III.