Maternal and perinatal outcomes of pregnancies complicated by chronic hypertension followed at a referral hospital
Resultados maternos e perinatais de gestantes hipertensas crônicas acompanhadas em pré-natal especializado
Rev. bras. ginecol. obstet; 42 (5), 2020
Publication year: 2020
Abstract Objective To assess maternal and perinatal outcomes of pregnancies in women with chronic hypertension (CH). Methods Retrospective cohort of women with CH followed at a referral center for a 5 year period (2012-2017). Data were obtained from medical charts review and described as means and frequencies, and a Poisson regression was performed to identify factors independently associated to the occurrence of superimposed preeclampsia (sPE). Results A total of 385 women were included in the present study; the majority were > than 30 years old, multiparous, mostly white and obese before pregnancy. One third had pre-eclampsia (PE) in a previous pregnancy and 17% of them had organ damage associated with hypertension, mainly kidney dysfunction. A total of 85% of the patients used aspirin and calcium carbonate for pre-eclampsia prophylaxis and our frequency of sPE was 40%, with an early onset (32.98 ± 6.14 weeks). Of those, 40% had severe features of PE, including 5 cases of HELLP syndrome; however, no cases of eclampsia or maternal death were reported. C-section incidence was high, gestational age at birth was 36 weeks, and nearly a third (115 cases) of newborns had complications at birth One third of the women remained using antihypertensive drugs after pregnancy. Conclusion Chronic hypertension is related with the high occurrence of PE, C-sections, prematurity and neonatal complications. Close surveillance and multidisciplinary care are important for early diagnosis of complications.
Resumo Objetivo Avaliar os resultados maternos e perinatais em gestação de mulheres com hipertensão crônica. Métodos Coorte retrospectiva de mulheres hipertensas crônicas acompanhadas em hospital de referência por 5 anos (2012-2017). Foi realizada revisão dos prontuários médicos e os resultados são descritos em médias e frequências. A regressão de Poisson foi usada para identificar os fatores independentemente associados à ocorrência de pré-eclâmpsia superajuntada. Resultados Um total de 385 mulheres foram incluídas no presente estudo, e amaioria tinha idade > 35 anos, era multípara, majoritariamente brancas e obesas antes da gravidez. Um terço teve pré-eclâmpsia em gestação anterior, e 17% apresentavam lesão de órgão-alvo associada à hipertensão, majoritariamente disfunção renal. Um total de 85% das pacientes usaram ácido acetilsalicílico e carbonato de cálcio para a profilaxia de pré-eclâmpsia, sendo que a frequência de pré-eclâmpsia superajuntada foi de 40%, com um início prematuro (32.98 ± 6.14 semanas). Destas, 40% apresentaram sinais de gravidade associados à pré-eclâmpsia, com 5 casos de síndrome HELLP; entretanto sem nenhum caso de eclampsia ou morte materna. A incidência de cesárea foi alta, comidade gestacional de 36 semanas ao parto, e umterço dos recém-nascidos tiveram complicações ao nascimento. Um terço das mulheres permaneceu usando medicamentos anti-hipertensivos ao fim da gravidez. Conclusão A hipertensão crônica se relaciona comalta prevalência de pré-eclâmpsia, cesárea, prematuridade e complicações neonatais. Vigilância e cuidado multidisciplinar são importantes para o diagnóstico precoce das complicações.
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