Apoio institucional a famílias de vítimas de homicídio: análise das concepções de profissionais da saúde e assistência social
Institutional support to families of homicide victims: analysis of the perceptions of health and social assistance professionals
Apoyo institucional a las familias de víctimas de homicidio: análisis de las concepciones de los profesionales de salud y asistencia social

Trab. educ. saúde; 18 (3), 2020
Publication year: 2020

Resumo Discute-se o apoio social das instituições aos familiares de vítimas de homicídio com base na análise das concepções de profissionais da atenção básica à saúde e da assistência social que atuam no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Foram realizadas entrevistas com 21 profissionais de Unidades de Saúde da Família, Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Centro de Referência Especializado de Assistência Social, em 2018. Alguns profissionais reconhecem o sofrimento desencadeado pela perda de familiares por homicídio e os impactos desse evento na saúde física e mental da população. Entretanto, evidenciam as dificuldades em abordar essa temática e pouco reconhecem as possibilidades desses serviços no suporte a essas famílias. Conclui-se que os serviços de saúde e assistência social não estão preparados para atender às necessidades dos familiares de vítimas de homicídio, em parte pela cronicidade da violência nesses territórios onde trabalham e, às vezes, vivem. A problemática demanda a formulação de políticas públicas de apoio a essas famílias e de sensibilização e capacitação dos profissionais que lidam com essa população. A ausência de apoio social reforça o isolamento dos familiares de vítimas e intensifica os impactos na saúde, podendo, inclusive, levar a uma morte prematura.
Abstract Social support of the institutions to family members of homicide victims is discussed based on the analysis of the perceptions of professionals in primary health care and social assistance who work in the city of São Gonçalo, Brazil. Interviews were conducted with 21 professionals from Family Health Units, Extended Family Health Center and Specialized Social Assistance Reference Center, in 2018. Some professionals recognize the suffering triggered by the loss of family members due to homicide and physical and mental health impacts of this event on the population. However, they demonstrate difficulties in addressing this issue and little acknowledge the possibilities that these services offer in supporting these families. We conclude that health and social assistance services are not prepared to meet the needs of family members of victims of homicide, partly due to the perpetuity of violence in the areas where they work and sometimes live. The problem demands the formulation of public policies to support these families and to raise awareness and improve training for professionals who deal with this population. The absence of social support reinforces the isolation of the relatives of victims and intensifies the impacts on health, which can even lead to premature death.
Resumen El apoyo social que las instituciones ofrecen a los familiares de las víctimas de homicidio es discutido en base al análisis de las concepciones de los profesionales de atención básica de salud y de la asistencia social que trabajan en la ciudad de São Gonçalo, Brasil. Se realizaron entrevistas con 21 profesionales de las Unidades de Salud Familiar, Núcleo Extendido de Salud Familiar y el Centro de Referencia Especializada de Asistencia Social, en 2018. Algunos profesionales reconocen el sufrimiento que provoca la pérdida de miembros de familia debido al homicidio y los impactos de este evento en la salud física y mental de la población. Sin embargo, constatan las dificultades para abordar este tema y reconocen poco las posibilidades de estos servicios para apoyar a estas familias. Se concluye que los servicios de salud y asistencia social no están preparados para atender las necesidades de los familiares de las víctimas de homicidio, en parte debido a la cronicidad de la violencia en los territorios donde trabajan y a veces viven. La problemática demanda la formulación de políticas públicas de apoyo a estas familias y sensibilizar y capacitar a los profesionales que se ocupan de esta población. La ausencia de apoyo social refuerza el aislamiento de los familiares de las víctimas e intensifica los impactos en la salud, lo que incluso puede conducir a muerte prematura.

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