Educação popular em saúde: relato de experiências da prática de residentes de universidades públicas paraenses
Popular health education: experience report on the practice of residents in public universities
La educación popular en salud: un relato de experiencia acerca de las prácticas de residentes en universidades públicas de pará
Rev. baiana saúde pública; 42 (4), 2018
Publication year: 2018
A educação popular em saúde prioriza o diálogo aberto sobre problemas de saúde com os atores sociais, respeitando suas culturas, reconhecendo-as como válidas e promovendo análise crítica de tal modo que os empodere como reais cidadãos. Este trabalho objetiva relatar as experiências com educação popular em saúde de residentes de universidades públicas paraenses a fim de os apresentar como caminho capaz de colaborar com saberes, tecnologias e metodologias para a construção de novas práticas no âmbito do Sistema Único de Saúde. Criou-se, assim, grupo de grávidas em Unidade de Saúde da Família no município de Ananindeua, Pará. Trata-se de relato de experiência dos residentes de Saúde da Família com grupo de gestantes, utilizando conceitos e ferramentas da educação popular, de março de 2015 a julho de 2016. Por meio de reuniões periódicas entre a equipe, elaborou-se cronograma, palestras educativas e fôlderes com informações relativas à gestação. As gestantes encontravam-se na faixa etária de 15 a 35 anos, em sua maioria multíparas, com baixo nível de escolaridade, renda familiar mensal de um salário mínimo e sem emprego formal. Nota-se que, por estarem inseridas em contexto cultural amazônico, o conhecimento empírico norteia as práticas de seu cotidiano. Metodologias ativas de educação permitem o diálogo, a troca de experiências, além de valorizar a gestante como parte importante e principal no processo de mudança de sua realidade. Apesar das barreiras encontradas para a manutenção do grupo, observou-se colaboração das gestantes nas reuniões, interação e fortalecimento da relação profissional-usuário.
Popular health education prioritizes open dialogue about health problems with social actors, respecting their cultures and recognizing them as valid, promoting critical analysis so that they be empowered as citizens. This study reports the experiences of residents at Pará public universities with popular health education so as to improve collaboration in the search of knowledge, technologies and methodologies to develop new practices for Brazilian Health System. For such, a group consisting of pregnant women in a Family Health Unit in the city of Ananindeua, Pará was gathered for this research. This is an experience report of residents of Family Health acting in a group of pregnant women using concepts and tools of popular education in health from March 2015 to July 2016. Occasional meetings were made to elaborate a chronogram, educational presentations and folders with information regarding gestation. The pregnant women were in the age range of 15 to 35 years, mostly multiparous, with a low level of education, monthly family income of 1 minimum wage and no formal job. It is noted that because they are inserted in the Amazonian cultural context, empirical knowledge guides the practices of their daily lives. Active education methodologies allow dialogue, exchange of experiences, and value the pregnant woman as an important and main part in the process of changing her reality. Despite the barriers found for the maintenance of the group, collaboration during the meetings, interaction, and strengthening of the professional-user relationship were observed.
La educación popular en salud prioriza el diálogo abierto sobre los problemas de salud con los actores sociales, respetando sus culturas y reconociéndolas como válidas, promoviendo análisis crítico, para empoderarlos como reales ciudadanos. Este estudio objetiva informar las experiencias con la Educación Popular en salud de los residentes en las Universidades Públicas del estado de Pará, Brasil, con el fin de presentar una posible colaboración con los conocimientos, tecnologías y metodologías para la construcción de nuevas prácticas dentro del Sistema Único de Salud. Esto resultó en la creación de un grupo de mujeres embarazadas en una Unidad de Salud de la Familia en la ciudad de Ananindeua, Pará. Es un relato de experiencia de los residentes de Salud de la Familia actuantes en un grupo de gestantes utilizando conceptos y herramientas de la educación popular en salud, en el periodo de marzo de 2015 a julio de 2016. Los encuentros periódicos entre el equipo permitieron la elaboración de un cronograma, charlas informativas y folletos conteniendo informaciones relacionadas al embarazo. Las gestantes se encontraban en el grupo de edad de 15 a 35 años, en su mayoría multíparas, con bajo nivel de escolaridad, ingreso familiar mensual de 1 salario mínimo y sin empleo formal. Se observa que por insertarse en contexto cultural amazónico el conocimiento empírico orienta las prácticas en sus cotidianos. Las metodologías activas de educación permiten el diálogo, el intercambio de experiencias, además de valorar a la gestante como parte importante y principal en el proceso de cambio de su realidad. A pesar de las barreras encontradas para el mantenimiento del grupo, se observó una colaboración de éstas en las reuniones, interacción y fortalecimiento de la relación profesional-usuario.