Rev. bras. cancerol; 66 (4), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Nos últimos anos, a terapia sistêmica em oncologia sofreu mudanças substanciais e a imunoterapia destacou-se como forma de tratamento adjuvante. No Brasil, as diferenças do acesso a essa terapêutica podem ser observadas de maneira relevante e ainda não há amplo conhecimento sobre o seu uso nas diferentes Regiões do país. Objetivo:
Analisar o panorama da utilização de imunoterapia no tratamento oncológico em Barbacena-MG na última década. Método:
Estudo descritivo de centro único. Os pacientes maiores de 18 anos, diagnosticados com câncer e que utilizaram imunoterápicos no período de 2010 a 2019, foram selecionados por meio de consulta ao Registro Hospitalar de Câncer, e as informações constantes nesse sistema, bem como prontuários, foram utilizadas para obtenção de dados sociodemográficos e clínicos. Resultados:
A imunoterapia foi utilizada no tratamento de 90 pacientes (4,9%), totalizando 95 tratamentos. Entre os medicamentos utilizados, destacaram-se o Bacillus Calmette-Guérin (BCG), o trastuzumabe e o imatinibe. Observou-se um aumento na utilização de imunoterápicos ao longo da década, bem como uma maior variedade de tratamentos realizados. O imatinibe e o pazopanibe obtiveram maior porcentagem de óbitos durante o tratamento e 77,9% dos medicamentos utilizados foram custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tempo de tratamento da maioria dos pacientes se manteve próximo a dez meses, sendo menor para aqueles que se trataram com BCG. Conclusão:
O uso da imunoterapia em oncologia em Barbacena apresentou um avanço no período de 2010 a 2019, tanto no quantitativo quanto na variedade de tratamentos, com incorporação de novos medicamentos.
Introduction:
In recent years, systemic therapy in oncology has undergone substantial changes and immunotherapy has spread out as a form of adjuvant treatment. In Brazil, differences of access to this therapy are relevant and there is still no extensive knowledge about the use of immunotherapy in different regions of the country. Objective:
To analyze the panorama of immunotherapy in cancer treatment in Barbacena-MG in the last decade.Method:
Single-centre descriptive study. Patients over 18 years diagnosed with cancer who used immunotherapies in the period from 2010 to 2019 were selected by reviewing the Hospital Cancer Registry and the information contained in this system, as well as charts, were used to obtain sociodemographic and clinical data. Results:
Immunotherapy was used to treat 90 patients (4.9%), totalling 95 treatments. Bacillus Calmette-Guérin (BCG), trastuzumab and imatinib were the drugs most used. There was an increase in the use of immunotherapeutic agents over the decade, as well as in the variety of treatments performed. Imatinib and pazopanib had a higher percentage of deaths during treatment and 77.9% of the drugs used were funded by the Unified Health System (SUS). Treatment duration for most patients remained close to 10 months, being shorter for those who were treated with BCG. Conclusion:
The use of immunotherapy in oncology in Barbacena has grown from 2010 to 2019, in number and variety of treatments, with incorporation of new drugs.
Introducción:
En las últimas décadas han permitido el desarrollo de nuevas modalidades de tratamientos anticancerosos y la inmunoterapia se ha destacado. En Brasil, el acceso desigual a inmunoterapia es relevante y todavía no hay amplio conocimiento sobre su uso en las distintas regiones del país. Objetivo:
Analizar el panorama de la inmunoterapia en el tratamiento anticanceroso en Barbacena-MG en la última década. Método:
Estudio descriptivo de centro único, con datos del Registro Hospitalario de Cáncer y registros médicos de los pacientes que usaron inmunoterapéuticos en el tratamiento anticanceroso de 2010 a 2019. Resultados:
Se utilizó inmunoterapéuticos para tratar a 90 pacientes (4,9%), totalizando 95 tratamientos. Entre los medicamentos utilizados, se destacaron Bacillus Calmette-Guérin (BCG), trastuzumab e imatinib. Hubo un aumento en el uso de inmunoterapéuticos en la década, así como una mayor variedad de tratamientos realizados. Imatinib y pazopanib tuvieron un mayor porcentaje de muertes durante el tratamiento y 77,9% de los medicamentos utilizados fueron financiados por el Sistema Único de Salud (SUS). El tiempo de tratamiento para la mayoría de los pacientes fue diez meses, siendo más corto para el tratamiento con BCG. Conclusión:
El uso de la inmunoterapia en oncología en Barbacena ha avanzado en el período de 2010 a 2019, tanto en cantidad como variedad de tratamientos, con incorporación de nuevos medicamentos.