Exercício físico remoto e fadiga em sobreviventes do câncer de mama: uma intervenção em tempos da COVID-19
Physical exercise using telehealth and fatigue in breast cancer survivors: an intervention in the days of COVID-19

Rev. bras. ativ. fís. saúde; 25 (), 2020
Publication year: 2020

O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa de exercício físico supervisionado remotamente sobre a percepção de fadiga de sobreviventes do câncer de mama durante a pandemia da COVID-19. Participaram do estudo dez mulheres (56,30 ± 14,00 anos) fisicamente ativas, participantes de um programa de extensão universitário e que foram diagnosticadas com câncer de mama entre os estágios I-III (5,65 ± 2,19 anos de diagnóstico). O programa de exercício físico foi realizado de forma supervisionada por meio de chamada de vídeo durante 12 semanas, com duas sessões semanais de 30 minutos, em dias não consecutivos. Os treinos foram compostos por exercícios de mobilidade articular, de força, aeróbios e de equilíbrio, sendo modificados a cada três semanas. A percepção de fadiga relacionada ao câncer foi medida pela Piper Fatigue Scale por meio de chamada telefônica, antes e após as 12 semanas de intervenção. Os dados foram analisados utilizando o teste não-paramétrico Wilcoxon. Os resultados demonstraram valores de todos os domínios da fadiga relacionada ao câncer (fadiga total: p = 0,463; comportamental: p = 0,655; afetiva: p = 0,593; sensorial: p = 0,223; cognitiva: p = 0,141) estatisticamente semelhantes entre os momentos pré e pós intervenção. Conclui-se que, após 12 semanas de um programa de exercício físico supervisionado remotamente por chamada de vídeo, durante o distanciamento social devido a pandemia da CO-VID-19, a percepção de fadiga de mulheres sobreviventes do câncer de mama permaneceu estável
The purpose of the present study was to verify the effects of physical exercise using telehealth on the cancer-related fatigue in breast cancer survivors during the COVID-19 pandemic. Ten physically active women (56.30 ± 14.00 years) participating in a university extension program and diagnosed with breast cancer between stages I-III (5.65 ± 2.19 years of diagnosis) were included in the study. Physical exercise program was carried out with supervision through video call for 12 weeks with two 30-minutes sessions per week on non-consecutive days. The training sessions consisted of joint mobility, strength, aerobic and balance exercises, and were modified every three weeks. The cancer-related fatigue was measured pre and post 12 weeks of intervention by the Piper Fatigue Scale through a telephone call. The data were analyzed using the Wilcoxon non-parametric test. The results showed values of all domains of cancer-related fatigue (total fatigue: p = 0.463; behavioral: p = 0.655; affective: p = 0.593; sensory: p = 0.223; cognitive/mood: p = 0.141) statistically similar between pre and post intervention time points. It is concluded that after 12 weeks of a supervised physical exercise program using telehealth, during social distance due to the COVID-19 pandemic, the perception of fatigue in breast cancer survivors remained stable

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