Risk factors for post-liver transplant biliary complications in the absence of arterial complications
Fatores de risco para complicações biliares pós-transplante hepático na ausência de complicações arteriais

ABCD (São Paulo, Impr.); 33 (3), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Background - Biliary complications (BC) represent the most frequent complication after liver transplantation, up to 34% of cases.

Aim:

To identify modifiable risk factors to biliary complications after liver transplantation, essential to decrease morbidity.

Method:

Clinical data, anatomical characteristics of recipient and donors, and transplant operation features of 306 transplants with full arterial patency were collected to identify risk factors associated with BC.

Results:

BC occurred in 22.9% after 126 days (median) post-transplantation. In univariate analyses group 1 (without BC, n=236) and group 2 patients (with BC, n=70) did not differ on their general characteristics. BC were related to recipient age under 40y (p=0.029), CMV infection (p=0.021), biliary disease as transplant indication (p=0.018), lower pre-transplant INR (p=0.009), and bile duct diameter <3 mm (p=0.033). CMV infections occurred sooner in patients with postoperative biliary complications vs. control (p=0.07). In a multivariate analysis, only CMV infection, lower INR, and shorter bile duct diameter correlated with BC. Positive CMV antigenemia correlated with biliary complications, even when titers lied below the treatment threshold.

Conclusions:

Biliary complications after liver transplantation correlated with low recipient INR before operation, bile duct diameter <3 mm, and positive antigenemia for CMV or disease manifestation. As the only modifiable risk factor, routine preemptive CMV inhibition is suggested to diminish biliary morbidity after liver transplant.

RESUMO Racional:

Complicações biliares (CB) são os eventos adversos mais frequentes após o transplante de fígado, ocorrendo em até 34% dos procedimentos.

Objetivo:

Identificar fatores de risco modificáveis para o aparecimento de complicações biliares após transplantes de fígado, essenciais para diminuir morbidade.

Método:

Investigação dos dados clínicos, características anatômicas de receptores e doadores e informações sobre a operação de 306 transplantes com artéria hepática pérvia, para identificar fatores de risco associados ao aparecimento de CB.

Resultados:

CB ocorreu em 22,9% após 126 dias (mediana) do transplante. Em análise univariada pacientes do grupo 1 (sem CB, n=236) e grupo 2 (com CB, n=70) não diferiram em suas características gerais. CB esteve relacionada à idade do receptor menor que 40 anos (p=0,029), infecção pelo citomegalovírus (CMV, p=0,021), doença biliar como indicação ao transplante (p=0,018), RNI pré-transplante mais baixo (p=0,009) e diâmetro do ducto biliar <3 mm (p=0,033). Infecções pelo CMV ocorreram mais precocemente em pacientes com CB (p=0,07). Na análise multivariada, somente infecção por ele, INR mais baixo e menor diâmetro do ducto biliar mantiveram correlação com CB. Antigenemia positiva para CMV correlacionou com CB mesmo em títulos inferiores ao cutoff para tratamento.

Conclusões:

CB após transplante hepático esteve relacionada com menores RNI do receptor antes da operação, diâmetro do ducto biliar <3 mm e antigenemia ou manifestação clínica positiva para CMV. Como único fator de risco evitável, tratamento preemptivo para inibição do CMV é sugerido para diminuir morbidade biliar após o transplante.

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