Bioética y veracidad. Cuando la palabra del médico puede llegar a profundizar el desvelamiento del paciente
Bioethics and truthfulness: When the doctor's word can deepen the patient's helplessness
Bioética e veracidade. Quando a palavra do médico pode chegar a aprofundar o desamparo do paciente
Acta bioeth; 26 (2), 2020
Publication year: 2020
Resumen Las reflexiones en este artículo consideran el modo en que el médico general puede interpretar y aplicar la regla referida al derecho del paciente a conocer la verdad, con base en sus esquemas de asimilación y comprensión, estrechamente emparentados con la filosofía implícita en el modelo teórico de la medicina contemporánea. Se considera la necesidad de que la regla que prescribe el "derecho del paciente a conocer la verdad" se adecue al grado de desvalimiento de cada caso, con el fin de no convertir a este derecho en una obligación que contradiga el principio de responsabilidad que señala la corriente bioética personalista. Se hace referencia a la "fobia al médico" -iatrofobia- como expresión del daño psíquico específico que resulta de una inapropiada aplicación de la "veracidad", y, en orden a una práxis que ha dejado de ser "asistencial" (derivada del latín "assistere": estar al lado de) para convertirse en estrictamente terapéutica, se hace referencia al desafío de desenvolverse por fuera de las férreas matrices positivistas en las que el modelo médico actual persiste instalado, señalando los obstáculos que seguramente han de sortear los comités de bioética, a la hora de instar al cumplimiento responsable de la regla de veracidad.
Abstract The reflections recorded in this article consider the way in which the general practitioner can interpret and apply the rule referring to the patient's right to know the truth based on their assimilation and understanding schemes, closely related to the philosophy implicit in the theoretical model of contemporary medicine. The need is considered that the rule that prescribes the "right of the patient to know the truth" be adapted to the degree of helplessness of each case, in order not to make this right an obligation that contradicts the bioethical principle of responsibility that it indicates the personalistic bioethical current. Reference is made to "doctor's phobia" -iatrophobia- as an expression of specific psychic damage resulting from inappropriate application of "truthfulness." In order to a practice that has ceased to be "assistance" (derived from the Latin "assistere": to be next to) to become strictly therapeutic, reference is made to the challenge of coping outside the iron positivist matrices in which the medical model is installed, pointing out the obstacles that the Bioethics Committees must surely overcome when it comes to urging responsible compliance with the truth rule.
Resumo As reflexões neste artigo consideram o modo com que o médico generalista pode interpretar e aplicar a regra que se refere ao direito do paciente de conhecer a verdade, com base em seus esquemas de assimilação e compreensão, estreitamente relacionados com a filosofia implícita no modelo teórico da medicina contemporânea. Se considera a necessidade de que a regra que prescreve o "direito do paciente em conhecer a verdade" se adeque ao grau de desamparo de cada caso, com o fim de não converter este direito em uma obrigação que contradiga o principio de responsabilidade que aponta a corrente bioética personalista. Se faz referencia à "fobia ao médico" -iatrofobia- como expressão do dano psíquico específico que resulta de uma inapropriada aplicação da "veracidade", e uma ordem a uma práxis que deixou de ser "assistencial" (derivada do latim "assistere": estar ao lado de) para converter-se em estritamente terapêutica, se faz referencia ao desafio de desenvolver-se por fora das férreas matrizes positivistas nas quais o modelo médico atual persiste situado, apontando os obstáculos que seguramente irão de sortear os comitês de bioética, na hora de obrigar ao cumprimento responsável da regra de veracidade.