Arq. neuropsiquiatr; 78 (12), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Objective:
Uric acid has been shown to be related to the severity of obstructive sleep apnoea syndrome (OSAS) in adults. We assessed the role of uric acid in OSAS in a cohort of older patients. Methods:
A total of 164 patients aged >65 years, admitted to our sleep laboratory between January 1st, 2016 and July 1st, 2018 with a complaint of snoring, underwent overnight polysomnography and were retrospectively evaluated. Results:
A total of 126 patients who fulfilled the inclusion criteria (mean age 69.16±3.68 years, 56% men) were included. The control group was comprised of 14 patients, while the OSAS group consisted of 112 patients (31 mild, 44 moderate and 37 severe cases). No differences were observed in age, sex, hip circumference, waist/hip ratio or comorbidities between the groups. The Epworth Sleepiness Scale score, body mass index (BMI), and waist circumference were significantly higher in OSAS patients than in controls (p=0.001, p=0.02, and p=0.36, respectively). Uric acid was not correlated with any of the sleep parameters, and no significant differences were detected between the groups. Hyperuricemic patients were similar in terms of sleep parameters and comorbidities in comparison with the other patients. Conclusions:
No relationship was observed between uric acid level and OSAS severity, as defined by the apnoea-hypopnea index. Further studies are needed to determine the value of uric acid as a marker of OSAS, after controlling for cardiovascular comorbidities, in older patients with this syndrome.
RESUMO Objetivo:
o ácido úrico mostrou estar relacionado à gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) em adultos. Avaliamos o papel do ácido úrico na SAOS em uma coorte de pacientes idosos. Métodos:
Um total de 164 pacientes com idade >65 anos, admitidos em nosso laboratório do sono entre 1º de janeiro de 2016 e 1º de julho de 2018 com queixa de ronco, foram submetidos à polissonografia durante a noite e avaliados retrospectivamente. Resultados:
Foram incluídos 126 pacientes que preencheram os critérios de inclusão (média de idade 69,16±3,68 anos, 56% homens). O grupo controle foi composto por 14 pacientes, enquanto o grupo SAOS foi composto por 112 pacientes (31 leves, 44 moderados e 37 graves). Não foram observadas diferenças na idade, sexo, circunferência do quadril, relação cintura/quadril ou comorbidades entre os grupos. O escore da Escala de Sonolência de Epworth, o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura foram significativamente maiores nos pacientes com SAOS do que nos controles (p=0,001, p=0,02 e p=0,36, respectivamente). O ácido úrico não se correlacionou com nenhum dos parâmetros do sono e não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos. Os pacientes hiperuricêmicos não apresentaram diferença em termos de parâmetros de sono ou comorbidades dos demais pacientes. Conclusões:
Não foi observada relação entre o nível de ácido úrico e a gravidade da SAOS, definida pelo índice de apneia-hipopneia. Mais estudos são necessários para determinar o valor do ácido úrico como marcador de SAOS, após controle de comorbidades cardiovasculares, em pacientes idosos com SAOS.