Sensorineural hearing loss in the acute phase of a single episode of acute otitis media
Perda auditiva neurossensorial no início de um único episódio de otite média aguda

Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 86 (6), 2020
Publication year: 2020

Abstract Introduction:

Acute otitis media is a disease with high global prevalence, that can lead to several acute complications and auditory sequelae. Data regarding the auditory evaluation in the acute phase of acute otitis media are scarce.

Objective:

To evaluate the main audiometric changes (air and bone conduction thresholds) in the initial phase of an acute otitis media episode.

Methods:

A case-control study was performed. Patients diagnosed with acute otitis media with less than 7 days of evolution in relation to the complaint onset were selected, and healthy volunteers were selected as controls. The acute otitis media and control groups were submitted to pure tone and vocal audiometry.

Results:

The acute otitis media group included a total of 27 patients (30 ears). Hearing loss was present in 90.0% of the ears with acute otitis media, with conductive loss in 14 (46.67%) and mixed loss in 13 (43.33%). Both the air and bone conduction thresholds obtained with the tonal audiometry in the acute otitis media group were significantly worse than the controls at all tested frequencies (p< 0.05). In patients with acute otitis media, we observed that the thresholds for frequency >1 kHz (bone conduction) and 3 kHz (air conduction) were significantly worse in patients with tinnitus compared to patients without tinnitus.

Conclusion:

During the first 7 days of evolution after the onset of an isolated episode of acute otitis media, we observed significant increases in bone and air thresholds at all frequencies, especially >2 kHz, compared to healthy ears.

Resumo Introdução:

A otite média aguda é uma doença de elevada incidência global, que pode levar a diversas complicações agudas e sequelas auditivas. Dados referentes à avaliação auditiva na fase aguda da otite média aguda são escassos.

Objetivo:

Avaliar as principais alterações audiométricas (limiares em via aérea e óssea) na fase inicial de um episódio de otite média aguda.

Método:

Realizou-se estudo de caso-controle. Selecionamos pacientes com diagnóstico de otite média aguda, com menos de sete dias de evolução em relação ao início das queixas, e voluntários saudáveis foram selecionados como controles. Os grupos otite média aguda e controle foram submetidos a audiometria tonal, vocal e audiometria.

Resultados:

O grupo otite média aguda incluiu 27 pacientes (30 orelhas). Observou-se presença de perda auditiva em 90% das orelhas com otite média aguda, condutiva em 14 (46,67%) e mista em 13 (43,33%). Tanto os limiares auditivos por via aérea quanto os limiares por via óssea obtidos com audiometria tonal do grupo otite média aguda eram significativamente piores em relação aos controles, em todas as frequências testadas (p < 0,05). Em pacientes com otite média aguda, observamos que os limiares das frequências acima de 1 kHz (via óssea) e 3 kHz (via aérea) eram significantemente piores entre pacientes com zumbido em comparação a pacientes sem zumbido.

Conclusão:

Nos primeiros sete dias de evolução do quadro inicial de um episódio isolado de otite média aguda, observamos aumentos significativos dos limiares ósseos e aéreos em todas as frequências, principalmente nas acima de 2 kHz, em comparação a orelhas sadias.

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