Mortality after radical cystectomy is strongly related to the institution's volume of surgeries
Mortalidade pós-cistectomia radical está fortemente associada ao volume de cirurgias da instituição

Einstein (São Paulo, Online); 18 (), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Objective:

To analyze mortality rates and hospitalization data after radical cystectomy in each public healthcare center in São Paulo in the last decade, considering the number of surgeries performed at each center.

Methods:

This study included patients from the Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde from the state of São Paulo, who underwent radical cystectomy between 2008 and 2018. Data analyzed included organization name, number of procedures/year, in-hospital death rates and hospital length of stay.

Results:

A total of 1,377 radical cystectomies were registered in the public health system in São Paulo, between 2008-2018. A total of 91 institutions performed at least one radical cystectomy in the decade analyzed. The number of radical cystectomies performed per organization during the years analyzed ranged from one to 161. Only 45.6% of patients were operated in organizations that performed more than five radical cystectomies yearly. A total of 684 patients were operated in organizations with higher surgical volume. There were 117 in-hospital deaths, representing an 8.5% mortality rate for the state of São Paulo during the last decade. Whereas highest volume organizations (>6 radical cystectomies/year) had a mortality rate of 6.1%, the lowest volume (<1 radical cystectomy /year) had a 17.5% in-hospital mortality rate.

Conclusion:

There was a strong relation between organization volume of radical cystectomy and in-hospital mortality rate after radical cystectomy in São Paulo from 2008-2018. Unfortunately, we could not observe a trend toward centralization of such complex procedures, as it has occurred in developed countries during the last decades.

RESUMO Objetivo:

Analisar as taxas de mortalidade e os dados de hospitalização após cistectomia radical em cada unidade pública de saúde de São Paulo na última década, levando em conta o número de cirurgias realizadas por unidade.

Métodos:

Este estudo incluiu pacientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde de São Paulo submetidos à cistectomia radical entre 2008 e 2018. Os dados analisados incluíram o nome da instituição, o número de procedimentos/ano, taxas de mortalidade hospitalar e tempo de internação hospitalar.

Resultados:

Foram registrados 1.377 cistectomias radicais no sistema público de saúde de São Paulo no período. Um total de 91 instituições realizou pelo menos uma cirurgia na década analisada. O número de cistectomias realizadas por instituição durante os anos analisados variou de uma a 161. Apenas 45,6% dos pacientes foram operados em instituições com volume cirúrgico maior do que cinco cistectomias radicais/ano. Ao todo, 684 pacientes foram operados em instituições com maior volume cirúrgico. Houve 117 óbitos hospitalares, representando taxa de mortalidade de 8,5% para o estado de São Paulo na última década. Enquanto instituições com o maior volume (seis cistectomias radicais/ano) apresentaram mortalidade de 6,1%, as instituições com menor volume (<1 cistectomia radical/ano) apresentaram taxa de mortalidade de 17,5%.

Conclusão:

Houve forte relação entre o volume institucional de cistectomia radical e a taxa de mortalidade hospitalar após cistectomia radical em São Paulo, no período de 2008 a 2018. Infelizmente, não se observa no Brasil tendência de centralização de procedimentos complexos, como tem ocorrido em países desenvolvidos nas últimas décadas.

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