Rev. latinoam. bioét; 20 (1), 2020
Publication year: 2020
Resumen:
En México habitan diversos grupos sociales, entre ellos se encuentra el pueblo indígena de los mixtecos, que en su mayoría se caracteriza por vivir en condiciones de extrema pobreza, situación que posibilita estados desfavorables de salud por las características sociales y físicas particulares. Además, estos grupos indígenas utilizan sistemas médicos propios, distintos al sistema biomédico. Cuando el Gobierno amplía su cobertura a estas comunidades se presentan dificultades debido a la incompatibilidad de sistemas médicos. Se ha observado que el uso de habilidades interculturales, tales como los componentes verbales valorativos y transcriptivos, favorece un ajuste entre los pacientes y los sistemas biomédicos de salud. Con el objetivo de revisar si los profesionales que prestan sus servicios a comunidades indígenas presentan habilidades interculturales, se llevó a cabo un estudio descriptivo, no experimental, y transversal para identificar el uso de componentes verbales interculturales por parte del equipo médico de la Unidad Médica Rural, ubicada en la comunidad de Dos Ríos, municipio de Cochoapa el Grande, Guerrero. Se observó la interacción equipo médico-paciente durante 6 meses, con un total de 103 consultas registradas. Asimismo, se contempló que los profesionales tienen un escaso uso de los componentes verbales interculturales y que no han incorporado estrategias que permitan el ajuste médico de los pacientes mixtecos al sistema biomédico. Los datos se analizan con relación a los aspectos bioéticos y de justicia social implicados en el comportamiento de las instituciones oficiales de salud.
Abstract:
Mexico's inhabitants comprise various social groups and among them we find the indigenous people of the Mixtecos, who are mostly characterized by living in extreme poverty conditions, a situation that enables unfavorable health conditions due to their particular social and physical characteristics. Furthermore, these indigenous groups use their own medical systems, different from the biomedical system. When the Government extends its coverage to these communities, difficulties arise due to the incompatibility of medical systems. The use of intercultural skills, such as evaluative and transcriptional verbal components, has been observed to favor an adjustment between patients and biomedical health systems. With the aim of reviewing whether the professionals who provide their services to indigenous communities have intercultural skills, a descriptive, non-experimental, cross-sectional study was carried out to identify the use of intercultural verbal components by the medical team of the Rural Medical Unit, located in the community of Dos Ríos, municipality of Cochoapa el Grande, Guerrero. The doctor-patient team interaction was observed for 6 months, with a total of 103 registered consultations. Likewise, it was found that professionals have little use of intercultural verbal components and that they have not incorporated strategies that allow the medical adjustment of Mixtec patients to the biomedical system. Data was analyzed in relation to the bioethical and social justice aspects involved in the behavior of official health institutions.
Resumo:
No México, há diversos grupos sociais, entre eles se encontra o povo indígena dos mixtecos, que, em sua maioria, é caracterizado por viver em condições de extrema pobreza, situação que possibilita estados desfavoráveis de saúde. Além disso, esses grupos indígenas utilizam sistemas médicos próprios, diferentes do sistema biomédico. Quando o governo amplia a cobertura dessas comunidades, são apresentadas dificuldades devido à incompatibilidade de sistemas médicos. Observa-se que o uso de habilidades interculturais, como os componentes verbais valorativos e transcritivos, favorece uma adaptação entre os pacientes e os sistemas biomédicos de saúde. A fim de revisar se os profissionais que prestam serviços a comunidades indígenas apresentam habilidades interculturais, realizou-se estudo descritivo, não experimental e transversal para identificar o uso de componentes verbais interculturais por parte da equipe médica da Unidade Médica Rural, localizada na comunidade de Dos Ríos, município de Cochoapa el Grande, Guerrero. Observou-se a interação equipe médica-paciente durante seis meses, com um total de 103 consultas registradas. A partir disso, foi verificado que os profissionais têm um escasso uso dos componentes verbais interculturais e que não incorporaram estratégias que permitam a adaptação médica dos pacientes mixtecos ao sistema biomédico. Os dados são analisados quanto aos aspectos bioéticos e de justiça social envolvidos no comportamento das instituições oficiais de saúde.