O cuidado no atendimento às crianças no consultório odontológico frente à pandemia da COVID-19
Dental care for children in dental clinics faced with the COVID-19 pandemic

Arq. odontol; 56 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

O presente trabalho visa orientar o odontólogo sobre as novas regras de uso de EPIs, normas de biossegurança, técnicas odontológicas utilizadas no atendimento da criança, para que possamos realizar os procedimentos odontológicos com segurança antes, durante e após a pandemia da COVID-19.

Métodos:

Após busca em diversos bancos de dados (Google, SciELO, Bireme, Portal de Periódicos da CAPES, PubMed), em 30/03/2020, 21 artigos relacionados ao atendimento odontológico durante a pandemia foram selecionados. O critério de inclusão dos artigos foi se relacionar às normas específicas de biossegurança para o atendimento odontológico durante a pandemia, especialmente em crianças.

Resultados:

Vinte e um artigos foram incluídos no trabalho sendo sete deles, específicos do atendimento odontopediátrico. As consultas odontopediátricas devem ser marcadas de forma espaçada, evitando o encontro de pessoas na sala de espera. A criança deve vir acompanhada de apenas um acompanhante. Algumas barreiras devem ser usadas nas crianças como máscara, gorro e óculos. O odontólogo deve usar máscara N95 e protetor facial, além dos outros EPI’s. Previamente ao atendimento, bochecho de peróxido de hidrogênio a 1% deve ser realizado pela criança. Técnicas operatórias (ART, aplicação de diamino fluoreto de prata e técnica Hall) que gerem menos aerossóis dever ser priorizadas. Se necessário o uso de baixa e alta rotação, estas deverão ser com sistema anti-reflexo e esterilizadas a cada paciente. Um intervalo de 1 a 2 horas deve ser dado entre pacientes, permitindo a ventilação da sala, diminuição dos aerossóis e desinfecção de todo o ambiente clínico.

Conclusão:

A pandemia do COVID-19 se tornou um risco ocupacional para odontólogos, crianças e responsáveis. Para evitar contágio e transmissão da doença, os odontólogos devem se capacitar por meio de informações seguras e cumprir as normas de biossegurança sugeridas.

Aim:

The present work aims to guide the dentist as regards the new rules for the use of PPEs, biosafety standards, and dental techniques used in pediatric dental care, so that we can safely perform dental procedures before, during, and after the COVID-19 pandemic.

Methods:

After searching several databases (Google, SciELO, Bireme, Portal de Periódicos da CAPES, PubMed), on March 30, 2020, 21 articles related to dental care during the pandemic were selected. The inclusion criteria for the articles was to relate to specific biosafety standards for dental care during the pandemic, especially in children.

Results:

Twenty-one articles were included in the work, with seven of these specifically treating pediatric dental care. Dental appointments should be scheduled in a staggered manner, avoiding the meeting of people in the waiting room. The child must be accompanied by only one family member or guardian. Some barriers should be used with children, such as a mask, hat, and glasses. The dentist must wear an N95 mask and face shield, in addition to the other PPEs. Before attending, 1% hydrogen peroxide mouthwash must be used by the child. Operative techniques (ART, application of silver diamine fluoride and Hall technique), which generate less aerosols, should be given priority. If the use of low and high speed is necessary, they must be with an anti-reflective system and sterilized for each patient. An interval of 1 to 2 hours must be given between patients, allowing for the ventilation of the room, a reduction in aerosols, and the disinfection of the entire clinical environment.

Conclusion:

The COVID-19 pandemic has become an occupational hazard for dentists, children, and guardians. To avoid contagion and transmission of the disease, dentists must train themselves through secure information and comply with the suggested biosafety rules.

More related