Profile of gestational syphilis in the state of Paraná between 2010 and 2018
Perfil da sífilis gestacional no estado do Paraná entre 2010 e 2018

DST j. bras. doenças sex. transm; 32 (), 2020
Publication year: 2020

Introduction:

Gestational syphilis is responsible for increased fetal morbidity and mortality. It is related to intrauterine and neonatal complications, with vertical transmission being the most severe outcome. Screening and treatments are part of the prenatal routine.

Objective:

To describe the profile of gestational syphilis by state, regional incidence, time of diagnosis and treatment.

Methods:

Quantitative, descriptive, and observational study developed with secondary data from the National System of Notification of Disorders (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN), to evaluate the variables: region, trimester of diagnosis and treatment of gestational syphilis.

Results:

Between 2010–2018, Paraná recorded 12,011 cases of gestational syphilis, corresponding to 8.5 per 1,000 live births. There was an increase in the number of cases across the state. Among infected pregnant women, most were between 20–29 years old (50.6%). Of the diagnoses, 43.6% were performed in the first trimester of pregnancy and 26.6% in the second. The most widely used treatment regimen was benzathine penicillin G 7,200,000 IU (63.7%).

Conclusion:

There was an increase in gestational syphilis in Paraná, however, there was greater effectiveness in diagnosis and treatment, with greater detection in the first trimester of pregnancy and prevalence of use of benzathine penicillin G. The study highlights the importance of correct clinical management and early detection, measures that prevent vertical transmission.

Introdução:

A sífilis gestacional é responsável pelo aumento da morbimortalidade fetal. Está relacionada a complicações intrauterinas e neonatais, sendo a transmissão vertical o desfecho mais grave. Sua triagem e seu tratamento fazem parte da rotina do pré-natal.

Objetivo:

Descrever o perfil da sífilis gestacional no estado, a incidência em regionais, a época do diagnóstico e o tratamento.

Métodos:

Estudo quantitativo, descritivo e observacional desenvolvido com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), para avaliar as variáveis: região, trimestre do diagnóstico e tratamento da sífilis gestacional.

Resultados:

O Paraná registrou, entre 2010–2018, 12.011 casos de sífilis gestacional, o que corresponde a 8,5 a cada 1.000 nascidos vivos. Houve aumento no número de casos em todo o estado. Entre as gestantes infectadas, a maioria tinha entre 20–29 anos (50,6%). Dos diagnósticos, 43,6% foram realizados no primeiro trimestre de gestação e 26,6%, no segundo trimestre. O esquema terapêutico mais utilizado foi o de penicilina G benzatina 7.200.000 UI (63,7%).

Conclusão:

Houve aumento da sífilis gestacional no Paraná, porém, observou-se maior efetividade no diagnóstico e tratamento, com maior detecção no primeiro trimestre da gestação e prevalência do uso da penicilina G benzatina 7.200.000 UI. O estudo ressalta a importância do correto manejo clínico e da detecção precoce, medidas que evitam a transmissão vertical.

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