Going and coming from a surgical center: assessing risks in patient transport in a university hospital of Brazil
Indo e vindo de um centro cirúrgico: avaliando riscos no transporte de pacientes em um hospital universitário do Brasil
Biosci. j. (Online); 36 (2), 2020
Publication year: 2020
The patient’s in-hospital transport is an activity that must be performed with safety and quality and involves considerable risks, especially for surgical patients. The objective of this study was to evaluate the adequacy or not of transport of surgical patients from inpatient units to surgical centers and vice-versa. The transport and patient profile, the nursing workload, the professionals and conditions involved were assessed for each patient (or transport), and subsequently the transports were evaluated as inadequate (some non-conformity) or adequate. The transport was inadequate in 39.3% of the evaluations. The most commonnon-conformities were the lack of knowledge of the transport at the patient’s destination, incorrect documents, patient alone during the route, and absence of health professional during transport (when necessary). In this institution and in the period evaluated, the transport was mainly run by porter. Patients in rout to inpatient units have higher frequency of inadequate transport, mainly because of lack of communication with the destination unit. The increase in workload, evaluated by the Santos Score, also increased the risk of having inappropriate transport (OR = 1.21, CI95%: 1.08-1.16), and when the patients were grouped in minimal care versus non-minimal care, the latter also showed higher risk of inadequate transport. When the transports were evaluated separately by route, patients going to surgical centers had a higher risk when the Santos Score increased (OR = 1.168, CI95%: 1.07-1.27), and patients going to inpatient units had a lower risk when the Santos Score increased (OR = 0.605, CI95%: 0.46-0.80). In the last case, patients with a high workload were also accompanied by health professionals. The presence of a health professional when the patient was going to an inpatient unit also decreased the risk of inadequate transport (OR = 0.011, CI95%: 0.002-0.070). The patient returning to their origin unit showed more transport non-conformities. Perhaps the reason is the discredit attributed to risk in these patients once the surgical problem was solved. Thus, it is a fact that the patient nursing workload and the route of the transport were effective in predicting the risk of inadequate transport, being of great potential for practical use.
O transporte hospitalar do paciente é uma atividade que deve ser realizada com segurança e qualidade e envolve riscos consideráveis, especialmente em pacientes cirúrgicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação ou não do transporte de pacientes cirúrgicos da unidade de internação para o centro cirúrgico e vice-versa. O perfil, a carga de trabalho em enfermagem, os profissionais envolvidos no transporte foram avaliados para a cada transporte, então os transportes foram avaliados como inadequados (quando ocorreu qualquer não conformidade) ou não. O transporte foi inadequado em 39,3% das avaliações; as não-conformidades mais comuns foram o desconhecimento do transporte no destino, documentos incorretos, paciente sozinho durante a rota, e a ausência do profissional da saúde (quando necessário). Nesta instituição e no período avaliado, o transporte era principalmente realizado por maqueiros. Pacientes com destino a unidades de internação têm maior frequência de transporte inadequado, principalmente por nenhuma comunicação. Sobre a carga de trabalho, avaliada pela pontuação de Santos, com a carga de trabalho aumentando o risco de ter o transporte inadequado também aumentou (Odds Ratio, OR = 1,21; IC95%: 1,08-1,16), e quando os pacientes foram agrupados em cuidados mínimos versus cuidado não mínimos, os últimos também mostram maior risco de transporte inadequado. Quando os transportes foram avaliados separadamente por rota, o paciente que vai para o centro cirúrgico tem maior risco quando o Score de Santos aumenta (OR = 1,168; IC95%: 1,07-1,27), e os pacientes que vão para a unidade de internação tem menor risco quando o Score de Santos aumenta (OR = 0,605; IC95%: 0,46-0,80). Pacientes no último caso, quando tem alta carga de trabalho também foram acompanhados por profissionais de saúde. A presença de profissionais de saúde quando o paciente vai para a unidade de internação também diminuem o risco (OR = 0,11; IC95%: 0,002-0,07). Quando os pacientes retornam às suas unidades mostram mais riscos de transporte e não-conformidades, talvez a razão é o descrédito atribuído ao risco nesses pacientes, uma vez que o problema cirúrgico foi resolvido. Assim, é fato que a carga de trabalho de enfermagem e a rota do transporte do paciente foram eficaz na predição do risco de transporte inadequado, sendo que apresentam grande potencial para uso prático.