Meanings and practices of oral health: a qualitative study with mothers of disabled children
Significados e práticas de saúde bucal: um estudo qualitativo com mães de crianças com deficiência
Biosci. j. (Online); 36 (2), 2020
Publication year: 2020
The aim of this study was to understand the meanings and oral health practices of ten mothers of disabled children between the ages of zero and three years. The qualitative method was used. The data was collected by means of a semi-structured interview and were recorded, transcribed and analysed using the Thematic Content Analysis. Regarding to the oral health care of the mothers, three reported difficult and traumatising experiences and three did not have much contact with dentists during their childhood. Regarding to the children, the age of their first visit to the dentist varied from three months to two years and six months, and the reason for this appointment for seven children was referral by their doctor or by the Association of Parents and Friends of the Exceptional. Seven mothers reported that they brushed the teeth of their children at least twice a day and only two cited the importance of regular dental appointments. For two mothers, the meaning of oral health was to have a perfect smile and for four others, maintain oral hygiene. Half of the mothers related oral health to general health. All reported that dental caries is related to diet and lack of care regarding to oral hygiene. It was possible to conclude that for this group of mothers, oral health has an important meaning and that oral health practices are based on a healthy diet and brushing. Although mothers of disabled children have presented positive attitudes, in general, the results indicated limited knowledge about oral health. The results showed the importance of considering the point of view of the mothers as data of analysis bringing greater proximity with the reality studied. More qualitative studies should be conducted in order to collaborate with the improvement of the oral condition of disabled children
O objetivo deste estudo foi conhecer os significados e as práticas de saúde bucal de dez mães de crianças com deficiência de zero a três anos de idade. Foi utilizado o método qualitativo. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, que foram gravadas, transcritas e analisadas pela Análise de Conteúdo Temático. Com relação aos cuidados de saúde bucal das mães, três relataram experiências difíceis e traumatizantes e três que não tiveram muito contato com o dentista na infância. Com relação às crianças, a idade da primeira visita ao dentista variou de três meses a dois anos e seis meses e o motivo desta consulta para sete crianças foi por encaminhamento médico ou da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Sete mães relataram que escovam os dentes de seus filhos pelo menos duas vezes ao dia e apenas duas citaram a importância de consultas periódicas com o dentista. Para duas mães, a saúde bucal significa ter um sorriso perfeito e para quatro ter higiene bucal. Metade das mães relacionaram a saúde bucal com a saúde geral. Todas relataram que a cárie dentária está relacionada com a dieta e com a falta de cuidado com a higiene bucal. Foi possível concluir que para este grupo de mães, a saúde bucal tem um significado importante e que as práticas de saúde bucal se baseiam em uma dieta saudável e a realização da escovação. Embora as mães de crianças com deficiência tenham apresentado atitudes positivas, em geral, os resultados indicaram um conhecimento limitado sobre saúde bucal. Os resultados evidenciam a importância de considerar o ponto de vista do participante, pois os dados de análise trazem maior proximidade com a realidade estudada. Mais estudos qualitativos devem ser conduzidos com o intuito de colaborar com a melhora da condição bucal das crianças com deficiência.