Femina; 49 (1), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Analisar características socioeconômicas, adesão ao pré-natal, diagnóstico,
tratamento, repercussões para o concepto, notificação, coinfecção com outras
ISTs e histórico reprodutivo de mulheres com sífilis gestacional em uma maternidade
de referência, visando estimular políticas de saúde eficazes. Métodos:
Foi
realizada busca ativa dos casos de sífilis gestacional no Hospital Regional Materno
Infantil de Imperatriz, entre outubro de 2018 e julho de 2019, obtendo-se 151 mulheres.
Para a coleta dos dados, foi aplicado questionário próprio. O projeto de pesquisa
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Maranhão. Resultados:
A média de idade das mulheres foi de 23,6 anos, e a maioria
era parda, com ensino fundamental incompleto, renda familiar de até um salário
mínimo e solteira. Quanto ao pré-natal, 76,1% o realizaram adequadamente; entre
essas, 46% fizeram o tratamento adequado. O diagnóstico foi realizado predominantemente
no pré-natal, com 91,4% das mulheres diagnosticadas na fase latente
da doença. Em relação ao tratamento, 62 (41%) entrevistadas e 61 (40,4%) parceiros
sexuais foram considerados adequadamente tratados. Quanto aos conceptos,
92,7% nasceram com sífilis congênita provável. O número médio de gestações foi
de 2,7, e a maioria realizou parto normal; 33 (21,8%) possuíam abortos prévios. Foram
detectados 4 casos de coinfecção com o vírus da imunodeficiência humana e
87,4% dos casos foram notificados. Conclusão:
Para combater a sífilis gestacional,
é necessário atuar em diferentes esferas: prevenção, acesso à educação e serviços
de saúde de qualidade, além de capacitação dos profissionais atuantes.(AU)
Objective:
To review social-economic features, adherence to prenatal care, diagnosis,
treatment, consequences for the conceptus, reporting, co-infection with other STD
and reproductive history of women with syphilis in pregnancy in a reference maternity
hospital; aiming at fostering effective healthcare policies. Methods:
An active search
was performed on cases of syphilis in pregnancy in Imperatriz’ Hospital Regional Materno
Infantil, between October 2018 and July 2019, wherein 151 females were included.
Results:
The age average of subjects was 23.6 years, most of them were brown-skinned,
had not completed elementary school, with a household income of up to one
minimum wage, and single. As to prenatal care, 76.1% of them adhered to it properly,
of which 46% had adequate treatment. Diagnosis was performed predominantly at
prenatal care, with 91.4% of diagnosed women in the disease latent period. With respect
to treatment, 62 (41%) out of those interviewed and 61 (40.4%) out of their sexual partners were regarded as adequately treated. As to the concept,
92.7% were born with probable congenital syphilis. The
average number of gestations was 2.7 and most of them had
vaginal delivery; 33 (21.8%) had previous miscarriages. We detected
4 cases of co-infection with the human immunodeficiency
virus and 87.4% of the cases were reported. Conclusion:
In order to fight gestational syphilis, it is necessary to act
in different areas: prevention, access to education and good
healthcare services, in addition to training of practitioners.(AU)