A exigência psíquica dos rituais de despedida diante da morte em uma UTI da COVID-19 (Sars - CoV - 2)
The psychic demand of farewell rituals in the face of death in the COVID-19 (Sars - CoV - 2) ICU
L’exigence psychique des rituels d’adieu face à la mort dans une l'USI COVID-19 (Sars - CoV - 2)
aSEPHallus; 15 (29), 2019
Publication year: 2019
O presente artigo visa analisar como a pandemia da COVID-19 (Sars-CoV-2) vem impactando o trabalho do psicólogo intensivista na Casa de Caridade de Muriaé Hospital São Paulo (CCMHSP). A assistência psicológica da CCMHSP orienta-se pelo viés da psicanálise aplicada ao contexto hospitalar. Em função do alto risco de contágio da COVID-19 (Sars-CoV-2), as famílias estão sendo impedidas de acompanhar de perto o processo da doença e da morte, dificultando a vivência do luto. Quais as consequências disso para os sujeitos? Pensamos que as consequências psíquicas estão para todos os envolvidos: profissionais de saúde, pacientes e familiares. Analisamos fragmentos das experiências hospitalares durante a epidemia da COVID-19 (Sars-CoV-2) para refletir se os ritos de despedidas são uma exigência psíquica diante do processo da morte e do luto de um ente querido. A construção teórica desse artigo acompanhou de perto a prática no hospital e suas manifestações diárias. O ofício da psicóloga intensivista nos faz afirmar que os rituais de despedida são uma exigência do nosso psiquismo
This article aims to analyze how the COVID-19 (Sars-CoV-2) pandemic has been impacting the work of the intensive psychologist at the Muriaé Hospital São Paulo Charity House (CCMHSP). The psychological assistance of the CCMHSP is guided by the bias of psychoanalysis applied to the hospital context. Due to the high risk of contagion of COVID-19 (Sars-CoV-2), families are being prevented from closely monitoring the process of illness and death, making it difficult to experience grief. What are the consequences of this for the subjects? We think that the psychological consequences are for everyone involved: health professionals, patients and family members. We analyzed fragments of hospital experiences during the COVID-19 (Sars-CoV-2) epidemic to reflect on whether farewell rites are a psychological requirement in the face of the death and grief of a loved one. The theoretical construction of this article closely followed the practice in the hospital and its daily manifestations. The job of the intensive psychologist makes us claim that farewell rituals are a requirement of our psyche
Cet article vise à analyser comment la pandémie de COVID-19 (Sars-CoV-2) a eu un impact sur le travail du psychologue intensif de l'hôpital Muriaé de São Paulo Charity House (CCMHSP). L'assistance psychologique du CCMHSP est guidée par le biais de la psychanalyse appliquée au contexte hospitalier. En raison du risque élevé de contagion du COVID-19 (Sars-CoV-2), les familles sont empêchées de surveiller de près le processus de maladie et de décès, ce qui rend difficile le deuil. Quelles en sont les conséquences pour les sujets? Nous pensons que les conséquences psychologiques sont pour toutes les personnes impliquées: les professionnels de santé, les patients et les membres de la famille. Nous avons analysé des fragments d'expériences hospitalières pendant l'épidémie de COVID-19 (Sars-CoV-2) pour déterminer si les rites d'adieu sont une exigence psychologique face à la mort et au chagrin d'un être cher. La construction théorique de cet article a suivi de près la pratique à l'hôpital et ses manifestations quotidiennes. Le travail du psychologue intensif nous fait affirmer que les rituels d'adieu sont une exigence de notre psyché