Rev. Pesqui. Fisioter; 9 (2), 2019
Publication year: 2019
INTRODUÇÃO:
O envelhecimento humano provoca alterações biopsicossociais que interferem nas atividades da vida diária (AVD) e o treinamento funcional pode atuar como um recurso terapêutico para prevenir, minimizar ou reverter esses quadros. OBJETIVO:
testar a hipótese de que o treinamento funcional melhora a capacidade de realização das AVD e a capacidade funcional de idosos sedentários. MATERIAIS E MÉTODOS:
Ensaio clínico de braço único, do tipo antes e após a intervenção no mesmo grupo. Foram incluídas idosas da Universidade Aberta da Terceira Idade, com 60 anos ou mais, a mais de três meses sem realizar exercício físico, com indicação médica e fisioterapêutica para exercícios e, como exclusão, apresentar declínio cognitivo de acordo com o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e frequência menor que 70%. Coletados dados sociodemográficos, antropométricos, morbidades autorreferidas, capacidade funcional e de realização das AVD. O treinamento funcional ocorreu duas vezes na semana com duração de 60 minutos por sessão, durante quatro meses. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e teste t. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética com CAAE:
02585813.0.0000.0057. RESULTADOS:
Participaram 16 idosas, todas do sexo feminino, média da idade de 69,6 + 6,6 anos, a maioria com baixa escolaridade (52,5%) baixa renda (56,3 < um salário mínimo), viúvas (50%) e 75,1% acima do peso. Dentre as morbidades, prevaleceu dor crônica (25%). Os testes
de capacidade funcional e AVD, demonstraram resultados positivos da intervenção com p < 0,05 e constatou-se que a melhora funcional foi maior nos idosos de 60 a 69 anos (p < 0,05). CONCLUSÃO:
Treinamento funcional melhora a capacidade funcional e realização das AVD de idosos, independente da faixa etária, porém, essa melhora é mais pronunciada entre os idosos com menos idade.
INTRODUCTION:
Human aging causes biopsychosocial changes that interfere with the activities of daily living (ADL) and functional training can act as a therapeutic resource to prevent, minimize or reverse these clinical features. OBJECTIVE:
To test the hypothesis that functional training improves the ability to perform ADL and the functional capacity of sedentary elderly. METHODS:
Single-arm trial with before and after intervention analysis in the same group. Elderly of the ‘Universidade Aberta da Terceira Idade’, aged 60 years and older, with more than three months without physical exercise, with a medical and physiotherapeutic indication for exercise, were included in the study, and were excluded the ones who presented cognitive decline according to the Mini Mental State Exam (MMSE) and frequency less than 70%. Sociodemographic and anthropometric data, self-reported morbidities, functional capacity and ADL performance were collected. Functional training occurred twice a week, 60 minutes per session for four months. Data were submitted to descriptive statistics and t test. This study was approved by the ethics committee with number 02585813.0.0000.0057.
RESULTS:
Participants were 16 elderlies, with mean age 69.6 ± 6.6 years, the majority with low schooling (52.5%), low income (56.3 CONCLUSION: Functional training improves the functional capacity and performance of the ADL of elderlies, regardless of age, but this improvement is more pronounced among the elderlies with less age.