Geriatr., Gerontol. Aging (Online); 15 (), 2021
Publication year: 2021
OBJECTIVE:
To investigate, within a private health insurance, the ordering frequency and the costs related to inappropriate
tumor markers test orders. METHODS:
This study analyzed data regarding tumor markers requests within a private health
insurance between 2010 and 2017. Patients included in this analysis were ≥ 50 years old, had available medical records, and
had at least 1 tumor markers tested within the study period. Tests were considered inappropriate when tumor markers were
used in screening for neoplasms, ie, when there was no previous diagnosis. We evaluated data regarding age, sex, the ordering
physician’s medical specialty, and test costs. RESULTS:
Between 2010 and 2017, 1112 tumor markers tests were performed
and increased from 52 to 262 per year. Our sample consisted mostly of women (69.50%) with a mean age of 59.40 (SD 8.20)
years. Most orders were inappropriate (87.80%) and represented 79.40% of all expenses with tumor markers tests. Cardiology
professionals were the medical specialty that requested the most tumor markers tests (23.90%), followed by internal medicine
specialists (22.70%) and gynecologists (19.20%). CONCLUSIONS:
We observed a high percentage of inappropriate test
orders in the study period, resulting in elevated costs. Studies of this nature deserve the attention of health care managers,
and interventions should be performed in order to reduce the inappropriate use of tumor markers tests in clinical practice.
OBJETIVO:
investigar no âmbito de um plano de saúde privado a frequência de solicitação e os custos relacionados à solicitação
inapropriada de marcadores tumorais. METODOLOGIA:
Utilizou-se a base de dados de um plano de saúde privado entre os anos
de 2010 a 2017. Foram incluídos na pesquisa, sujeitos com idade ≥ 50 anos, que apresentavam prontuários médicos acessíveis
e que havia realizado a dosagem de algum marcadores tumorais no período. Considerou-se como “exame inapropriado” quando
o marcador tumoral foi utilizado como rastreio de neoplasia, ou seja, quando não havia o diagnóstico prévio. Foram avaliados os
dados referentes à idade, sexo, especialidade do médico solicitante e informações sobre os custos desses exames. RESULTADOS:
Foram realizados um total 1.112 testes no período, representando um aumento de 52 para 262 exames/ano. A amostra foi
composta na maioria pelo sexo feminino (69,50%), com média de idade de 59,40 ± 8,20 anos. A maioria das solicitações foram
inapropriadas (87,80%). Notou-se que a solicitação desses exames, impactaram cerca de 79,40% dos gastos totais do plano
de saúde com marcadores tumorais. Os cardiologistas foram a especialidade que mais solicitaram marcadores tumorais em
23,90% das ocasiões, seguidos pelos especialistas em clínica médica (22,70%) e ginecologistas (19,20%). CONCLUSÕES:
Observamos um alto percentual de pedidos de exames inadequados no período do estudo, resultando em custos elevados.
Estudos dessa natureza merecem a atenção dos gestores de saúde e intervenções devem ser realizadas a fim de reduzir o uso
inadequado de testes de marcador tumoral na prática clínica.