Lesões precursoras do câncer uterino em mulheres HIV-positivo e sua relação com linfócitos CD4+ e carga viral do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle – UNIRIO
Precursor lesions of cervical cancer in HIV-positive women and their relationship with CD4+ and viral load Gaffrée and Guinle University Hospital – UNIRIO

Rev. bras. anal. clin; 49 (1), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

Associar as alterações citológicas do colo uterino com a carga viral e a contagemde CD4+ das pacientes portadoras do vírus HIV.

Métodos:

O estudo realizado foi transversal e prospectivo, sendo 112 mulheres examinadas, e o exame citológico foi colhido no HUGG e corado pela técnica de Papanicolaou na SITEC/ INCA. A carga viral e contagem de CD4+ foram retiradas dos prontuários das pacientes.

Resultados:

A frequência das alterações citológicas foi de 15,2%, sendo 7,1% de LSIL, 4,5% de ASCUS e 3,6% de HSIL. Pacientes com CD4+ menor que 200 células ou sem adesão ao tratamento apresentaram maior frequência de alterações citológicas; pacientes com CD4+ maior que 500 células e carga viral indetectável apresentaram menor frequência de alterações citológicas.

Conclusão:

Esses resultados demonstraram que houve maior frequência de alterações citológicas nas mulheres com menor contagem de CD4+ ou sem adesão ao tratamento, demonstrando uma maior associação de alterações citológicas nas mulheres com doenças que provocam imunossupressão e reforçando a importância do rastreamento do câncer de colo uterino nas mulheres HIV positivo

Objective:

To associate cervical lesions with viral load and CD4+ counts of HIV positive women.

Methods:

The study was cross-sectional and descriptive involving 112 patients with HIV infection. Pap smear was collected at HUGG and stained by the Papanicolaou method. All cytology examination was done in INCA. Viral load and CD4+ count were taken from medical records.

Results:

The positivity rate of cytology lesions was 15.2%, 7.1% of LSIL, 4.5% of ASC-US and 3.6% of HSIL. Patients with CD4+ counts less than 200 cells or without adherence to treatment had higher risk of positive result and the patients with CD4 counts greater than 500 cells and an undetectable viral load were less likely to have positive cytology results.

Conclusion:

These results showed a higher frequency of cytological abnormalities in women with lower CD4+ count or without adherence to treatment demonstrating a greater association of cytological abnormalities in women with diseases that cause immunosuppression and reinforcing the importance of screening for cervical cancer in HIV positive women

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