Rev. bras. anal. clin; 49 (1), 2017
Publication year: 2017
Objetivo:
Estimar a prevalência de parasitos intestinais em alunos do Ensino Fundamental de Sete Lagoas, Minas Gerais, e instruí-los sobre medidas para prevenção de enteroparasitoses. Métodos:
A análise coproparasitológica foi realizada pelo método de Lutz. Um questionário foi aplicado para obter informações sobre o conhecimento das crianças acerca dos parasitos intestinais antes e depois de uma intervenção educativa. Resultados:
Foram analisadas amostras fecais de 83 crianças, sendo que 28 (33,7%) apresentaram cistos de protozoários: 27 (32,5%) continham protozoários comensais e apenas uma continha Giardia intestinalis (1,2%). Com relação aos hábitos de higiene, 81,4% das crianças afirmaram ingerir água filtrada; 75,4% lavavam as mãos antes de ingerir alimentos e 93,2% depois de ir ao banheiro; 86,5% afirmaram sempre lavar frutas e verduras antes de ingeri-las e apenas 21,2% tinham o hábito de andar sem calçados. Foi observado, ainda, que a intervenção educativa alcançou satisfatoriamente os objetivos propostos. Conclusão:
Foi constatada uma baixa prevalência de parasitos na população avaliada, o que pode ser explicado, em parte, pelas medidas de higiene adotadas pela maioria das crianças. Contudo, a presença de amostras com protozoários comensais, também transmitidos pela via fecal-oral, reflete a necessidade de intervenções na área de saúde para prevenção de enteroparasitoses na região estudada
Objective:
This work aimed to verify the prevalence of intestinal parasites in children from elementary school of Sete Lagoas, Minas Gerais, and instruct them about measures for preventing enteric parasitic diseases. Methods:
Stool evaluation was performed using the Lutz method. A questionnaire was applied to children in order to obtain information about their knowledge concerning intestinal parasites, before and after a health education program. Results:
We analyzed fecal samples from 83 students, and 28 (33.7%) had protozoa cysts: 27 (32.5%) samples contained commensal protozoa and only one child presented Giardia intestinalis (1.2%). Regarding hygiene habits, 81.4% of children reported drinking filtered water; 75.4% washed their hands before eating and 93.2% after using the toilet; 86.5% of them said washing before eating and only 21.2% had the habit of walking barefoot. It was also observed that the educational intervention successfully achieved the proposed objectives. Conclusion:
There was a low prevalence of intestinal parasites in this population, which in part may be explained by hygiene measures adopted by most children. However, the presence of samples with commensal protozoa, which are also transmitted by the fecal-oral route, reflects the need for interventional education programs to prevent intestinal parasitic diseases in the studied region.