Rev. Pesqui. Fisioter; 9 (4), 2019
Publication year: 2019
INTRODUÇÃO:
As mudanças físicas e psicológicas que a mulher enfrenta durante o climatério, podem prejudicar a sexualidade devido às alterações hormonais do período. OBJETIVOS:
Com isso, o objetivo desta revisão é de investigar os possíveis recursos fisioterapêuticos usados sob um prisma cinesiológico funcional para minimizar os efeitos deste período. MÉTODOS:
Uma busca eletrônica das seguintes bases de dados foi realizada: PubMed, Lilacs e Google Scholar. A pesquisa foi executada do ano de 2010 até o ano de 2018, utilizando as seguintes combinações de palavras: disfunção sexual feminina AND menopausa AND fisioterapia, com os termos em português e inglês. RESULTADOS:
Durante o climatério ocorre uma atrofia vaginal, e essa condição pode levar a dores durante o intercurso sexual que, por sua vez, podem gerar contratura no músculo do assoalho pélvico (MAP). Uma vez instaurada esta contratura a dor tende a aumentar, assim originando um ciclo vicioso de dor. A MAP durante o climatério também sofrem uma queda da sua função muscular, podendo gerar disfunções pélvicas como a incontinência urinária, os prolapsos de órgãos pélvicos e prejudicar a função sexual da mulher. CONCLUSÕES:
A fisioterapia tem um grande arsenal de recursos terapêuticos que podem incrementar a musculatura pélvica e melhorar a qualidade de vida nesse período de declínio hormonal. Apesar de se necessitar de mais estudos a esse respeito, as técnicas fisioterapêuticas que obtiveram maior eficácia no tratamento da dispareunia em mulheres no climatério, descritas nesta revisão, foram a termoterapia na MAP, liberação manual dos ponto-gatilhos miofasciais da MAP e treinamento dessa musculatura. Sendo assim, a fisioterapia pélvica deve ser uma linha terapêutica a ser prescrita no climatério.
INTRODUCTION:
The physical and psychological changes that the woman faces during the climacteric can damage sexuality due to the hormonal changes of the period. OBJECTIVES:
Therefore, the objective of this review is to investigate the possible physiotherapeutic resources used under a functional kinesiological prism to minimize the effects of this period. METHODS:
An electronic search of the following databases was performed: PubMed, Lilacs and Google Scholar. The research was performed from the year 2010 to the year 2018, using the following combinations of words: female sexual dysfunction AND menopause AND physiotherapy, with the terms in Portuguese and English. RESULTS:
During climacteric vaginal atrophy occurs, and this condition can lead to pain during sexual intercourse which, in turn, may lead to contractures in the pelvic floor muscles (PFM), once this contracture is established, the pain tends to increase, thus giving rise to
a vicious cycle of pain. PFMs during the climacteric also suffer a decrease of their muscular function, being able to generate pelvic dysfunctions, such as urinary incontinence, prolapses of pelvic organs and also to impair the sexual function of the woman. CONCLUSIONS:
With this, physiotherapy has a great arsenal of therapeutic resources that can boost pelvic floor muscles and improve the quality of life in this period of hormonal decline. Despite the need for further studies in this regard, the physiotherapeutic techniques that were most effective in the treatment of dyspareunia in menopausal women, described in this review, were the thermotherapy in PFM, manual release of PFM myofascial trigger points and training of this musculature. Therefore, pelvic physiotherapy should be a therapeutic line to be prescribed in climacteric.