Rev. Pesqui. Fisioter; 9 (4), 2019
Publication year: 2019
INTRODUÇÃO:
Na medida em que a expectativa de vida aumenta, também são necessárias soluções para melhorar a independência funcional em condições cronicamente alteradas, comuns nas disfunções neurológicas. OBJETIVO:
Avaliar o efeito de programas de exercícios domiciliares (PED) sobre prejuízos na atividade de caminhar devido a acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson (DP), esclerose múltipla (EM) e mielopatia associada ao HTLV-1 ou paraparesia espástica tropical (HAM/TSP). MÉTODOS:
As fontes de dados incluíram PubMed, SciELO, Pedro e Cochrane Library e artigos disponíveis em inglês, português, espanhol, alemão ou francês. Nenhuma restrição de tempo foi aplicada e a seleção foi feita por dois pesquisadores independentes em três etapas. Ensaios clínicos com intervenções dos programas PED para adultos com dificuldades de marcha ou equilíbrio decorrentes das condições neurológicas acima foram incluídos. As variáveis foram velocidade ou distância da marcha, força, equilíbrio, mobilidade, funcionalidade e independência funcional. A qualidade metodológica foi avaliada com a escala PEDro, e uma estratégia PICOS orientou extração de dados. Diferenças das médias ponderadas (DMP), intervalos de confiança de 95% (IC) e heterogeneidade foram avaliadas pelo teste I2 com o programa RevMan 5.3. A GRADE foi aplicada na avaliação da qualidade da evidência. RESULTADOS:
O PED foi eficaz na melhora do equilíbrio (DMP 2,8;IC 1,5; 4,1) e da capacidade cardiorrespiratória (DMP 29,3m; IC 8,3; 50,2) para pessoas com AVC. Para pessoas com EM, o PED levou a uma melhora no perfil fisiológico (DMP -1,3; IC -0,5; 2,0) e mobilidade (DMP -3,3; IC -5,1; -1,4). CONCLUSÕES:
O PED é eficaz na melhora da atividade de caminhada, desempenho e mobilidade funcional das deficiências neurológicas. Sugerimos a aplicação do PED na saúde pública e o uso de escalas funcionais para comparar a mesma incapacidade em diferentes distúrbios neurológicos.
INTRODUCTION:
As increase life expectancy, the searches for conducts to improve functional independence in chronically altered conditions as is common in the neurological dysfunction. OBJECTIVES:
To evaluate the effect of therapeutic home based exercise programs (HBE) on impairment of walking activity due to stroke, Parkinson's disease (PD), multiple sclerosis and HTLV-1 associated myelopathy or tropical spastic paraparesis (HAM/TSP). METHODS:
data sources PubMed, Scielo, Pedro, Cochrane Library; available in English, Portuguese, Spanish, German or
French languages; no time restrictions; selection made by two independent researchers, in three stages; included Clinical Trials with interventions of HBE Programs for adults with gait or balance disabilities arising from the above neurological conditions; gait speed or distance, strength, balance,
mobility, functionality and functional independence were the variables; methodological quality with PEDro scale; PICOS strategy guided the extraction date. Weighted mean differences (WMD), 95% confidence intervals (CI), and the heterogeneity assessed by the I2 test with RevMan 5.3 program.
RESULTS:
In balance (WMD 2.8; CI 1.5; 4.1) and in cardiorespiratory capacity (WMD 29.3m; IC 8.3; 50.2) for people with stroke are effectiveness. For people with Multiple Scleroses there is improvement in physiological profile (WMD -1.3; CI -0.5; 2.0) and mobility (WMD -3.3; CI -5.1; -1,4). CONCLUSIONS:
The HBE is effective on walking activity, improve performance and functional mobility in neurological impairments. Is suggested HBE on public health to includ elements for management of disabilities on the programs and the use of functional scales such as WHODAS to compare the same disability in different neurological disorders.