Qualidade de vida e condições ergonômicas em trabalhadores de um laboratório de saúde pública
Worker’s quality of life and ergonomic conditions in a public health laboratory
Calidad de vida y condiciones ergonómicas de trabajadores de un laboratorio de salud pública

Rev. bras. promoç. saúde (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

Avaliar a qualidade de vida, a presença de dor e as condições ergonômicas dos profissionais de um laboratório de saúde pública.

Métodos:

Estudo transversal e descritivo que avaliou 49 (90,7%) profissionais de um laboratório de saúde pública, entre julho de 2014 e setembro de 2015, por meio de dados sociodemográficos e dos protocolos Short Form Health Survey (SF-36), Rapid Upper Limb Assessment (RULA) e Escala Visual Analógica da Dor (EVA). Para a análise descritiva das variáveis clínicas e sociodemográficas e a associação dos dados, utilizou-se o EPI Info, versão 7.2, considerando significantes p<0,05. O software Ergolândia, versão 6.0, analisou o resultado/escore Rapid Upper Limb Assessment (RULA).

Resultados:

Predomínio do sexo feminino (93,1%), casadas (57,1%), com média de idade 42,7(DP 13,4), 15 anos de estudo e renda acima de três salários (61,2%). Os participantes que apresentaram baixa qualidade de vida relacionada à “saúde mental” tiveram maior risco ergonômico avaliado pelo RULA (p<0,05). Nenhum participante apresentou postura laboral aceitável. Todos (100%) tinham algum grau de dor. As dores moderada e intensa têm relação de forma negativa com a qualidade de vida nos seguintes domínios do SF-36: “estado geral de saúde”, “dor,” “vitalidade” e “saúde mental” (p<0,05).

Conclusão:

Todos os participantes apresentam alguma dor, independente da idade ou da função. A saúde física autorrelatada e os escores obtidos por meio da EVA revelaram que as dores moderada e intensa influenciam de forma negativa a qualidade de vida e, de acordo com o RULA, nenhum participante apresenta postura laboral aceitável.

Objective:

To assess quality of life, presence of pain and ergonomic conditions among professionals in a public health laboratory.

Methods:

This descriptive cross-sectional study assessed 49 (90.7%) public health laboratory professionals between July 2014 and September 2015 using sociodemographic data and the Short Form Health Survey (SF-36), the Rapid Upper Limb Assessment (RULA), and the Visual Analog Scale (VAS) for pain assessment. The descriptive analyses of the clinical and sociodemographic variables and the analyses of associations between the data were performed on EPI Info 7.2 using a significant threshold of p<0.05. Ergolândia 6.0 software analyzed the Rapid Upper Limb Assessment (RULA) result/score.

Results:

There was a predominance of women (93.1%), married individuals (57.1%), individuals with a mean of 15 years of study, individuals with an income above 3 wages (61.2 %), and the mean age was 42.7 (SD 13.4). The participants who exhibited poor mental health-related quality of life were at a higher ergonomic risk assessed by the RULA (p<0.05). None of the participants presented an acceptable working posture. All the participants (100%) reported some degree of pain. Moderate and severe pain were negatively related to quality of life in the following SF-36 domains: “general health status”, “pain”, “vitality” and “mental health” (p<0.05).

Conclusion:

All the participants reported some pain regardless of age and job. Self-reported physical health and the VAS scores revealed that moderate and severe pain negatively influenced quality of life, and, according to the RULA, none of the participants presented an acceptable working posture.

Objetivo:

Evaluar la calidad de vida, la presencia de dolor y las condiciones ergonómicas de los profesionales de un laboratorio de salud pública.

Métodos:

Estudio transversal y descriptivo que evaluó 49 (90,7%) profesionales de un laboratorio de salud pública entre julio de 2014 y septiembre de 2015 a través de datos sociodemográficos y de los instrumentos Short Form Health Survey (SF-36), la Rapid Upper Limb Assessment (RULA) y la Escala Visual Analógica del Dolor (EVA). Se utilizó el EPI Info versión 7.2 para el análisis descriptivo de las variables clínicas y sociodemográficas y la asociación de los datos considerando significantes la p<0,05. Con la versión 6.0 del software Ergolândia se analizó el resultado/puntuación de la Rapid Upper Limb Assessment (RULA).

Resultados:

Predominio del sexo femenino (93,1%), casadas (57,1%), con la media de edad de 42,7 años (SD 13,4), 15 años de estudio y con la renta de más de tres sueldos (61,2%). Los participantes que presentaron baja calidad de vida relacionada a la “salud mental” tuvieron más riesgo ergonómico evaluado por la RULA (p<0,05). Ningún participante presentó la postura laboral aceptable. Todos (100%) tenían algún grado de dolor. Los dolores moderado e intenso tiene relación de manera negativa con la calidad de vida para los dominios del SF-36 a continuación: “estado general de salud”, “dolor,” “vitalidad” y “salud mental” (p<0,05).

Conclusión:

Todos los participantes presentaron algún dolor independiente de la edad o la función. La salud física auto relatada y las puntuaciones obtenidas por la EVA han revelado que los dolores moderado e intenso influyen de manera negativa para la calidad de vida y según la RULA ningún participante presenta la postura laboral aceptable.

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