Fatores de risco materno-fetais para o nascimento pré-termo em hospital de referência de Minas Gerais
Maternal and fetal risk factors for preterm birth in a reference hospital in Minas Gerais
Rev. méd. Minas Gerais; 30 (supl.4), 2020
Publication year: 2020
Introdução. São considerados prematuros, os bebês nascidos antes de completar 37 semanas de gestação e, no Brasil, sua prevalência chega a aproximadamente 10%. A prematuridade pode comprometer a saúde do recém-nascido (RN) e levar a repercussões socioeconômicas. Portanto, é fundamental rastrear gestantes sob risco através de pré-natal adequado, a fim de afastá-las dessas condições ou minimizar suas implicações. Objetivos. Avaliar os principais fatores de risco maternos e fetais associados ao parto pré- termo em um hospital de referência em Barbacena. Métodos. Estudo transversal, retrospectivo, analítico, realizado no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Barbacena. Avaliou-se prontuários materno-fetais impressos, disponibilizados de todos os nascimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2017.
Foram analisados dados como:
idade, profissão e patologias maternas; exames realizados durante gestação e informações do RN. Resultados. Dentre os 1278 prontuários, foram encontrados 177 prematuros. Verificou-se que diabetes mellitus (DM) ou diabetes mellitus gestacional (DMG), infecções do trato urinário (ITU), síndromes hipertensivas na gravidez, sífilis materna, gemelaridade e parto cesáreo foram estatisticamente relevantes como fatores de risco para prematuridade; e as gestantes trabalhadoras rurais tiveram menos partos prematuros de forma estatisticamente significativa quando comparadas às outras ocupações. Primiparidade e extremos de idade reprodutiva não foram significativos. Quanto aos RN, malformações e peso pequeno para a idade gestacional (PIG) também foram fatores de risco. Conclusões. Os principais fatores de risco maternos e fetais associados ao parto pré-termo na amostra foram DM, ITU, síndromes hipertensivas na gravidez, sífilis materna, gemelaridade, parto cesáreo, malformações fetais e PIG. (AU)
Introduction. Babies born before 37 weeks of gestation are considered premature and, in Brazil, their prevalence reaches approximately 10%. Prematurity can compromise the newborn’s health and lead
to socioeconomic repercussions. Therefore, it is essential to track pregnant women at risk through an
adequate prenatal care, in order to remove them from these conditions or minimize their implications.
Objective. To evaluate the main maternal and fetal risk factors associated with preterm birth in a
reference hospital in Barbacena. Methods. A retrospective cross-sectional study, non-experimental made
in Santa Casa de Misericórdia de Barbacena hospital. This study evaluated print medical records
available of all births in Sistema Único de Saúde (SUS) in 2017. Some data were analyzed, such as:
age, profession and maternal pathologies; examinations performed during pregnancy and information
about the newborn. Results. The sample consisted of 1278 records of births, and there were 177 preterm
births. It was checked that previous diabetes or gestational diabetes, urinary tract infections (UTI),
pregnancy-induced hypertension, maternal syphilis, twinning and caesarean delivery were statistic
relevant factors for prematurity; pregnant women who had a rural occupation had fewer premature
deliveries in a statistically significant way than other occupations. First time pregnant women and
those at extreme fertile age were not significant. About newborn data, malformations and small for
gestational age (SGA) were risk factors for preterm birth. Conclusions. The main maternal and fetal risk
factors associated with preterm birth on this study were diabetes, UTI, hypertension syndrome during
pregnancy, maternal syphilis, twinning, caesarean delivery, malformations and SGA. (AU)