ABCD (São Paulo, Impr.); 33 (4), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Background:
Intestinal diversions have revolutionized the treatment of morbid obesity due to its viability and sustained response. However, experimental studies suggest, after these derivations, a higher risk of colon cancer. Aim:
To analyze the histological and immunohistological changes that the jejunojejunal shunt can produce in the jejunum, ileum and ascending colon. Method:
Twenty-four male Wistar rats were randomly divided into two groups, control (n=12) and experiment (n=12) and subdivided into groups of four. Nine weeks after the jejunojejunal shunt, segmental resection of the excluded jejunum, terminal ileum and ascending colon was performed. Histological analysis focused on the thickness of the mucosa, height of the villi, depth of the crypts and immunohistochemistry in the expression of Ki-67 and p53. Results:
Significant differences were found between the experiment and control groups in relation to the thickness of the mucosa in the jejunum (p=0.011), in the ileum (p<0.001) and in the colon (p=0.027). There was also a significant difference in relation to the height of the villus in the ileum (p<0.001) and the depth of the crypts in the jejunum (p0.001). The results indicated that there is a significant difference between the groups regarding the expression of Ki-67 in the colon (p<0.001). No significant differences were found between the groups regarding the expression of Ki-67 in the jejunum and ileum. In the P53 evaluation, negative nuclear staining was found in all cases. Conclusion:
The jejunojejunal deviation performed in the Roux-in-Y gastrojejunal bypass, predispose epithelial proliferative effects, causing an increase in the thickness of the mucosa, height of the villi and depth of the crypts of the jejunum, ileum and ascending colon.
RESUMO Racional:
As derivações intestinais revolucionaram o tratamento da obesidade mórbida pela sua viabilidade e resposta sustentada. Porém, estudos experimentais sugerem, após estas derivações, risco maior de câncer de cólon. Objetivo:
Analisar as alterações histológicas e imunoistológicas que a derivação jejunojejunal possa produzir no jejuno, íleo e cólon ascendente. Método:
Foram utilizados 24 ratos Wistar machos randomicamente divididos em dois grupos, controle (n=12) e experimento (n=12) e subdivididos em grupos de quatro. Nove semanas após a derivação jejunojejunal procedeu-se a ressecção segmentar do jejuno excluso, íleo terminal e cólon ascendente. Análise histológica focou na espessura da mucosa, altura dos vilos, profundidade das criptas e a imunoistoquímica na expressão do Ki-67 e p53. Resultados:
Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos experimento e controle em relação à espessura da mucosa no jejuno (p=0,011), no íleo (p<0,001) e no cólon (p=0,027). Também houve diferença significativa em relação à altura dos vilos no íleo (p<0,001) e profundidade das criptas no jejuno (p<0,001). Os resultados indicaram que existe diferença significativa entre os grupos em relação à expressão do Ki-67 no cólon (p<0,001). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação à expressão do Ki-67 no jejuno e no íleo. Na avaliação do P53, foi encontrada coloração nuclear negativa em todos os casos. Conclusão:
O desvio realizado na derivação gastrojejunal em Y-de-Roux, predispõem efeitos proliferativos epiteliais, causando aumento da espessura da mucosa, altura dos vilos e profundidade das criptas do jejuno, íleo e cólon ascendente.