Cad. Saúde Pública (Online); 37 (1), 2021
Publication year: 2021
Abstract:
Recent literature proposes that poverty could lead women to remain childless, thus attenuating or reverting higher fertility typically observed among women of lower schooling level. We explore the role of health in this approach:
does health have a distinctive detrimental effect on fertility among women of lower schooling levels? To that end, we compute the gap in the definite childlessness rate by self-reported disability status across schooling levels. Due to the scarcity of survey data from definite childless women, in addition to the small sample sizes, we use census samples. Focusing on women between 40-50 years old and using 23 census samples from Latin America countries (2000-2011), we found that only in the group with lower schooling level there is a clear gap in the definite childlessness rate by self-reported disability status. From our descriptive analysis we conclude that health could indeed play an influential role in the childless by poverty approach.
Resumen:
La literatura reciente propone que la pobreza puede llevar a las mujeres a decidir no tener hijos, por lo que se atenúa o revierte la fertilidad, típicamente más alta, observada entre mujeres con formación educativa baja. Investigamos el papel de la salud en este planteamiento:
¿Tiene la salud un efecto distinto en la fertilidad entre mujeres con baja educación? Para tal fin, calculamos la brecha en la tasa de mujeres sin hijos según el estado de discapacidad autoinformado y nivel de educación. Debido a la escasez de datos sobre mujeres sin hijos en las encuestas, además del tamaño pequeño de las muestras, usamos muestras del censo. Centrándonos en mujeres con un intervalo de edad entre 40 y 50 años, y usando 23 muestras de censos de países latinoamericanos (2000-2011), hallamos que solo en el grupo con baja educación hay una clara brecha en la tasa de mujeres sin hijos según estado de discapacidad autoinformado. Desde nuestro análisis descriptivo concluimos que la salud puede jugar de hecho un papel influyente en la ausencia de hijos por el enfoque de pobreza.
Resumo:
A literatura recente sugere que a pobreza pode fazer com que as mulheres permaneçam sem filhos, assim atenuando ou revertendo as taxas de fertilidade mais elevadas observadas tipicamente em mulheres com baixa escolaridade. O estudo investiga o papel da saúde nessa abordagem:
A saúde tem efeito negativo discernível na fertilidade de mulheres com baixa escolaridade? Para responder a essa pergunta, calculamos a diferença na taxa de ausência definitiva de filhos de acordo com a infertilidade autorrelatada, entre diferentes níveis de escolaridade. Devido à escassez de dados sobre mulheres definitivamente sem filhos, além das amostras pequenas, utilizamos amostras censitárias. Com foco nas mulheres na faixa etária entre 40 e 50 anos, e utilizando 23 amostras censitárias de países latino-americanos (2000-2011), detectamos que apenas no grupo de baixa escolaridade, há uma defasagem clara na taxa de ausência definitiva de filhos de acordo com a infertilidade autorrelatada. Com base em nossa análise descritiva, concluímos que a saúde pode desempenhar um papel importante na análise da ausência de filhos em mulheres pobres.