Vivências de policiais de uma DEAM no Sudoeste Goiano
Experiences of police officers from a DEAM in the Southwest of Goiás

Fractal rev. psicol; 33 (1), 2021
Publication year: 2021

A pesquisa investigou as vivências de policiais civis de uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) em um município do sudoeste goiano no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. Partindo da abordagem qualitativa, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com quatro policiais, duas mulheres e dois homens. Identificaram-se diversas dificuldades vivenciadas no cotidiano profissional, desde a falta de espaço físico, funcionários e tempo, até a ausência de capacitação para o atendimento às mulheres. Embora tivessem conhecimento sobre a Lei Maria da Penha, as/os participantes reproduziam concepções de gênero machistas e misóginas que, somadas à precariedade do serviço, culminavam na culpabilização das mulheres em situação de violência. Os/as entrevistados/as apontaram a necessidade de criação de um serviço de Psicologia para apoio às mulheres e aos/às próprios/as policiais. Neste sentido, propõe-se a implantação de formação dos/as trabalhadores/as da DEAM e a realização de intervenções psicossociais, de modo a potencializar o papel da polícia no enfrentamento da violência de gênero.(AU)
The research investigated the experiences of civil police officers of a Specialized Police Station for Women's Care (DEAM) in a municipality in the southwestern region of Brazil in the care of women in situations of domestic violence. Based on the qualitative approach, semi-structured interviews were conducted with four police officers, two women and two men. Several difficulties experienced in daily professional life were found, from lack of physical space, employees and time, to the absence of training to meet women. Although they had knowledge about the Maria da Penha's Law, the participants reproduced sexist and misogynistic gender conceptions that, added to the precariousness of the service, culminated in blaming women in situations of violence. The interviewees pointed out the need to create a Psychology service to support women and the own police officers. In this sense, DEAM workers should be properly trained, and there should be the performance of psychosocial interventions, in order to enhance the role of the police in coping with gender violence.(AU)

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