Pharmacotherapy assessment in chronic kidney disease: validation of the PAIR instrument for use in Brazil
Avaliação da farmacoterapia na doença renal crônica: validação do instrumento PAIR para uso no Brasil
J. bras. nefrol; 42 (4), 2020
Publication year: 2020
Abstract Individuals with chronic kidney disease (CKD) use polypharmacy, which, in combination with renal impairment, exposes them to the risk of drug-related problems (DRPs). There are no available tools in Brazil to systematically assess the pharmacotherapy and management of DRPs in this population. Therefore, the objective of this work was to validate the PAIR instrument (Pharmacotherapy Assessment in Chronic Renal Disease) for use in Brazilian Portuguese. This is a retrospective longitudinal observational study. Medical records from 100 CKD patients under conservative treatment, between 2016 and 2017, in a nephrology clinic, were analyzed. PAIR was applied by pharmacists in two consultations of the same patient, with an interval of 6 months. Reliability, conceptual validity, responsiveness of the instrument and prevalence of DRPs in the studied sample were assessed. A mean of 1.26 ± 0.96 DRPs/patient was identified. Inter-rater reliability coefficients (k) ranged from 0.58 to 0.94 and from 0.79 to 1.00 for test-retest, revealing moderate to perfect level of agreement. In conceptual validity, a mean of 1.60 ± 1.24 DRPs/patient was identified by the nephrologist through clinical judgment, compared to 1.33±0.76 DRPs/patient identified by the pharmacist using PAIR (p = 0.07). Therefore PAIR allowed the identification of clinically significant DRPs. In responsiveness, a mean of 1.26 ± 0.96 DRPs/patient was identified at the first consultation and 1.11 ± 1.02 DRPs/patient at the subsequent consultation (p = 0.17) by the pharmacist using PAIR. The number of DRPs between the periods did not change. As a conclusion, the PAIR allowed the identification of clinically significant DRPs in CKD, constituting a new validated instrument to be used in Brazil.
Resumo Pacientes com doença renal crônica (DRC) utilizam polifarmácia, que, associada ao comprometimento renal, os expõe ao risco de problemas relacionados a medicamentos (PRMs). No Brasil, não existem instrumentos para sistematizar a avaliação da farmacoterapia e a gestão de PRMs nessa população. Portanto, o objetivo deste trabalho foi validar o instrumento PAIR (Pharmacotherapy Assessment in Chronic Renal Disease) para uso em português brasileiro. Trata-se de um estudo observacional longitudinal retrospectivo. Foram analisados prontuários de 100 pacientes com DRC, em tratamento conservador, atendidos entre 2016 e 2017, em clínica de nefrologia. O PAIR foi aplicado por farmacêuticos em duas consultas do mesmo paciente, com intervalo de 6 meses. Avaliou-se confiabilidade, validade conceitual, responsividade do instrumento e prevalência de PRMs na amostra. Uma média de 1,26 ± 0,96 PRM/paciente foi identificada. Na confiabilidade entre avaliadores, o coeficiente k variou de 0,58 a 0,94 e no teste-reteste, de 0,79 a 1,00, revelando grau de concordância moderada a perfeita. Na validade conceitual, uma média de 1,60±1,24 PRM/paciente foi identificada pelo nefrologista, por meio do julgamento clínico, comparado com 1,33 ± 0,76 PRM/paciente identificada pelo farmacêutico, usando o PAIR (p = 0,07). Portanto, o PAIR permitiu identificar PRMs clinicamente significativos. Na responsidade, uma média de 1,26 ± 0,96 PRM/paciente foi identificada na primeira consulta e 1,11 ± 1,02 PRM/paciente na consulta subsequente (p = 0,17) pelo farmacêutico, usando o PAIR, não sendo observada diferença no número de PRMs entre os períodos. Dessa forma, o PAIR permitiu identificar PRMs clinicamente significativos em pacientes com DRC, constituindo um novo instrumento validado para ser utilizado no Brasil.