Rev. bras. educ. méd; 45 (1), 2021
Publication year: 2021
Resumo:
Introdução: Avaliar habilidades clínicas é um desafio no curso médico. A heterogeneidade na escolha dos pacientes somada à falta de critérios objetivos resultou em mudança metodológica para utilização do Objective Structured Clinical Examination (OSCE). Objetivo:
O objetivo deste estudo foi identificar se o OSCE resulta em distribuição de frequência de notas de desempenho de padrão gaussiano em comparação ao modelo tradicional. Método:
Analisaram-se as notas de 239 estudantes da disciplina de Semiologia e Propedêutica de um curso de Medicina entre 2016 (modelo tradicional) e 2017 (OSCE) pelos testesKolmogorov-Smirnovbidimensional e t de Student para verificar a correlação delas com o coeficiente de rendimento (CR). Resultados:
As notas da prova no modelo tradicional (p < 0,0001; KS = 0,1881) estão mais distantes da normalidade do que as da prova do modelo OSCE (p = 0,0010; KS = 0,1134) e são mais correlatas com o CR (p < 0,0001; r = 0,45) do que no modelo OSCE (p = 0,31; r = 0,06). Conclusão:
O OSCE pode proporcionar informações mais fidedignas sobre o desempenho do estudante em estágios práticos do curso médico.
Abstract:
Introduction: Assessing clinical skills represents a challenge in medical training. The heterogeneity in the selection of patients associated to a lack of objective criteria has resulted in a methodological shift toward using the objective structured clinical examination (OSCE). Objective:
This study aimed to identify whether the OSCE results in a Gaussian frequency distribution of performance assessment marks compared to the traditional model. Method:
239 students from the Semiotics module of the medicine course between 2016 (traditional model) and 2017 (OSCE) were analyzed using the two-dimensional Kolmogorov-Smirnov test and Student's t-test for correlation with the performance coefficient (PC). Results:
The test scores in the traditional model (p<0.0001; KS = 0.1881) are more discrepant in relation to the normal distribution than the OSCE test scores (p=0.0010; KS=0.1134) and show more correlation with the PC (p <0.0001; r = 0.45) than the OSCE model (p = 0.31; r=0.06). Conclusion:
OSCE might provide a more accurate assessment of a student's performance during medical internship.