Rev. bras. epidemiol; 24 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT:
Objective: To evaluate all-cause mortality in approximately three years of follow-up and related sociodemographic, behavioral and health factors in community-dwelling older adults in Pelotas, RS. Methods:
This was a longitudinal observational study that included 1,451 older adults (≥ 60 years) who were interviewed in 2014. Information on mortality was collected from their households in 2016-2017 and confirmed with the Epidemiological Surveillance department of the city and by documents from family members. Associations between mortality and independent variables were assessed by crude and multiple Cox regression, with hazard ratio with respective 95% confidence intervals (95%CI). Results:
Almost 10% (n = 145) of the participants died during an average of 2.5 years of follow-up, with a higher frequency of deaths among males (12.9%), ?80 years (25.2%), widowhood (15.0%), no education (13.8%) and who did not work (10.5%). Factors associated with higher mortality were:
being a male (HR = 2.8; 95%CI 1.9 - 4.2), age ?80 years (HR = 3.9; 95%CI 2.4 - 6.2), widowhood (HR = 2.2; 95%CI 1.4 - 3.7), physical inactivity (HR = 2.3; 95%CI 1.1 - 4..6), current smoking (HR = 2.1; 95%CI 1.2 - 3.6), hospitalizations in the previous year (HR = 2.0; 95%CI 1.2 - 3.2), depressive symptoms (HR = 2.0; 95%CI 1.2 - 3,4) and dependence for two or more daily life activities (HR = 3.1; 95%CI 1,7 - 5.7). Conclusion:
The identification of factors that increased the risk of early death makes it possible to improve public policies aimed at controlling the modifiable risk factors that can lead to aging with a better quality of life.
RESUMO:
Objetivo: Avaliar a mortalidade por todas as causas em aproximadamente três anos de acompanhamento e os fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde em idosos comunitários de Pelotas, Rio Grande do Sul. Métodos:
Foi um estudo observacional longitudinal que incluiu 1.451 idosos (≥ 60 anos) entrevistados em 2014. As informações sobre mortalidade foram coletadas nos domicílios em 2016-2017, confirmadas com o setor de Vigilância Epidemiológica do município e por documentos de familiares. As associações entre mortalidade e as variáveis independentes, por regressão de Cox simples e múltipla, foram apresentadas pelos riscos relativos com os respectivos intervalos de confiança (95%). Resultados:
Quase 10% (n = 145) dos participantes morreram durante uma média de 2,5 anos de acompanhamento, sendo a maior frequência de óbitos em homens (12,9%), indivíduos com ≥ 80 anos (25,2%) e viúvos (15,0%). Estiveram associadas ao maior risco de mortalidade:
sexo masculino (RR = 2,8; IC95% 1,9 - 4,2), ≥ 80 anos (RR = 3,9; IC95% 2,4 - 6,2), viuvez (RR = 2,2; IC95% 1,4 - 3,7), inatividade física (RR = 2,3; IC95% 1,1 - 4,6), tabagismo atual (RR = 2,1; IC95% 1,2 - 3,8), hospitalização no último ano (RR = 2,0; IC95% 1,2 - 3,2), sintomas depressivos (RR = 2,1; IC95% 1,2 - 3,6) e dependência para duas ou mais atividades diárias (RR = 3,1; IC95% 1,7 - 5,7). Conclusão:
A identificação dos fatores que aumentaram o risco de óbito precocemente possibilita melhorar políticas públicas que visem controlar os fatores de risco modificáveis para um envelhecimento com melhor qualidade de vida.